Só na última semana foram detetadas mais 11 animais vítimas de envenenamento na Zona Protegida de Castro Verde, no Baixo Alentejo e que incluem espécies tão ameaçadas da fauna alentejana, como a águia-imperial-ibérica e o milhafre-real.
A denuncia partiu da Liga para a Proteção da Natureza.
O flagelo do uso ilegal de venenos continua a atingir muitas regiões rurais de Portugal, ameaçando a conservação da natureza, mas também a saúde pública das comunidades locais com o risco de envenenamento. Neste recente caso, o primeiro animal detetado, foi um milhafre-real encontrado (ainda com vida) pela Liga para a Proteção da Natureza, com sintomas de envenenamento agudo. O animal foi encaminhado para o centro de recuperação (RIAS/ALDEIA em Olhão), tendo sobrevivido e onde ainda se encontra em recuperação.
A deteção deste animal despoletou imediatamente o patrulhamento da região pela equipa cinotécnica de venenos da GNR que viria a detetar, uma semana depois, 1 raposa morta na mesma área, 5 milhafres-reais e 1 águia-imperial-ibérica, estas últimas, espécies ameaçadas em Portugal e 3 cadáveres de milhafres-reais, o que perfaz à data de hoje um conjunto de 11 animais envenenados, associado a esta ocorrência e que tudo parece indicar ter origem comum.