O Primeiro-Ministro, António Costa, o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e o Secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, participaram hoje na cerimónia de apresentação do projeto da Central Solar de Santas, em Monforte.
No seu discurso, António Costa referiu a importância de projetos como este, no interior e em especial em Monforte, que vêm valorizar “um recurso natural que sempre existiu”, permitindo o desenvolvimento económico local.
Este é o primeiro projeto do portfólio de 370 MWac assegurado pela empresa Akuo no leilão solar nacional de 2019. Um investimento de 120 milhões de euros e que vai ser desenvolvido em 350 hectares.
Ao falar da atual transição energética em curso, o Primeiro-Ministro diz que “esta transformação é fundamental do ponto de vista ambiental”, pois “se queremos reduzir as emissões em CO2 nós temos mesmo de centrar a produção de energia em energia limpa e em energia que seja segura”.
“Mas por outro lado, esta transformação é também muito importante do ponto de vista económico”, referiu António Costa. Uma vez que “Portugal tem ciclicamente um grande desequilíbrio na sua balança externa e em grande medida pela energia que temos que importar”, assim sendo “esta transformação energética permite a Portugal tornar e reforçar a sua autonomia energética”, uma vez que “deixamos de importar e temos dia-a-dia cada vez mais capacidade de exportar a energia que produzimos e que não consumimos”.
Por outro lado, “há uma segunda transformação”, uma vez que “nós conseguimos valorizar recursos que estão disponíveis em todo o território nacional”, sublinha o Primeiro-Ministro.
Nesse sentido, “olhemos aqui para Monforte: é um concelho extraordinário, onde tem uma enorme capacidade agrícola, onde tem um enorme potencial turístico, mas onde há também um recurso natural que sempre existiu, só que nunca teve a sua valorização económica”, que “é o sol”.
Assim “Sem retirar nada a Monforte, daquilo que tinha, passamos a dar valor económico a algo que já cá estava, que é um recurso endógeno de Monforte e que não estávamos a saber aproveitar”. Da mesma forma que “quem diz em Monforte, diz em todo o país e diz sobretudo nas zonas do país, que nos habituámos a chamar de interior, as zonas que mais despovoaram, as zonas que menos se desenvolveram do ponto de vista económico e que ganham aqui uma nova oportunidade de desenvolvimento económico”, sublinha António Costa.
“Como disse o Sr. Presidente da Câmara, não é só durante este ano e meio da construção da obra, será também no futuro e isso significa uma nova oportunidade de desenvolvimento de todos estes territórios”, afirma.