Decorreu no passado sábado, 27 de maio, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição em Vila Viçosa a cerimónia de empossamento da nova mesa da Régia Confraria de Nossa Senhora da Conceição.
A Rádio Campanário esteve presente na cerimónia e recolheu as declarações do Sr. Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, que começa por referir que “a confraria de Vila Viçosa não é mais uma confraria em Portugal, existem centenas de confrarias, mas esta de Vila Viçosa tem um significado muito especial no contexto da história da igreja”.
D. Francisco Senra Coelho refere que “a confraria foi quem cuidou e zelou por esta casa”, acrescentando que “a confraria traz uma história multisecular, se formos ao baú da história da confraria encontramos momentos altos e momentos baixos, existiram momentos de sol e momentos de sal, no entanto encontramos sempre incentivo para ultrapassar as dificuldades”.
O Arcebispo dá conta aos nossos microfones da alegria imensa “em ver reconstruída a confraria do santuário depois de momentos de alguma dificuldade”. D. Francisco Senra Coelho refere que “a dificuldade é própria de pessoas que tem opinião, que sabem pensar e o diálogo é de facto o instrumento da tolerância”.
D. Francisco refere ainda que “chegou-se a um consenso bastante alargado”, como prova a “adesão muito significativa aqui presente”. A arquidiocese “discernindo e vendo as condições propicias e o cumprimento estatutário entendeu confirmar esta eleição”.
A Rádio Campanário lembra que alegadamente terá existido por parte de alguns antigos confrades da Régia Confraria de Nossa Senhora da Conceição, visando impedir a atual mesa de tomar posse, impugnando estas eleições. D. Francisco afirma que “neste momento é confraria, tem o apoio da arquidiocese de Évora e tenho a certeza que vai ter o apoio da população”.
“É inconcebível o Santuário de Vila Viçosa estar um espaço considerável de tempo sem confraria”
D. Francisco Senra Coelho
D. Francisco Senra Coelho afirma ser “estranho que não se faça tudo para remover os obstáculos que muitas vezes são minudências de itens processuais, colocando em causa um bem maior, tão significativo”. O arcebispo refere ainda que “a ausência da confraria deste Santuário faz com que ele não seja tão prestigiado, deixando este santuário com algo como uma fita de luto”.
Por fim, D. Francisco Senra Coelho mostra todo o seu contentamento e “apelo a todos os calipolenses, a todas as pessoas de boa vontade e bom senso percebam que o bem maior se deve impor a coisas que são ligadas a opiniões pessoais que respeito e ouço, mas que terão o seu enquadramento e o parecer jurídico, e o ato que assistimos hoje tem todo o apoio jurídico e é por isso um ato válido e que vai dignificar este povo”.
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