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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Estação ferroviária de Montemor-o-Novo transformada em Fábrica de Chocolate até ao “final do ano”, avança promotor do projeto (c/som)

Até ao final do ano, surgirá em Montemor-o-Novo (Évora) uma fábrica dedicada à transformação de cacau em chocolate, a única do género no país.

Em declarações à Rádio Campanário, António Melgão, empresário e chefe chocolateiro, promotor do projeto, avança que o mesmo inclui ainda uma zona de museu e uma escola de formação.

Representando um investimento de 2 milhões de euros, o projeto visa a “transformação da fava de cacau em pasta de cacau e depois em chocolate”, com uma capacidade de produção anual de “100 toneladas”, e com a criação prevista de “20 postos de trabalho”.

Comparticipado a 75% por fundos comunitários no âmbito do Alentejo 2020, o projeto conta com 1,8 milhões de euros reembolsáveis para a fábrica e 200 mil euros para a internacionalização da marca.

O projeto contempla a “recuperação do edifício principal da Estação” de Montemor-o-Novo e de outros edifícios, propriedade da IP (Infraestruturas de Portugal), datada do início do século XX e ativada desde o final da década de 80, e a sua adaptação para criação de “uma área de receção-museu”, onde serão expostos elementos referentes à história da produção do chocolate, mas também equipamentos antigos da CP alusivos à história do edifício. Conterão ainda “uma área administrativa” e “uma escola de formação” onde serão ministrados ao longo do ano, cursos na área da pastelaria e da chocolataria.

Para a instalação da fábrica, será erguido “um novo edifício”, estando prevista a conclusão de “todo o projeto de recuperação e de construção no final do ano”.

O processo já decorre há uns meses, tendo havido negociações “com a IP para o aluguer do edifício e concessão do espaço onde vamos erguer a fábrica”.

Encontrando-se a aguardar alguns processos administrativos, “as obras arrancarão o mais rapidamente possível”, declara.

Para a importação das favas de cacau, será feita uma aposta no mercado da América Central, nomeadamente Perú, Venezuela, Equador. Para a posterior comercialização do chocolate produzido, essa aposta recairá primeiramente em Portugal e, no que concerne à internacionalização da marca, em mercados como Espanha, Itália, Polónia, Angola, sempre direcionada para o “mercado profissional da restauração e pastelaria”.

Atualmente, avança, “já estamos a fazer alguns testes com algumas favas de cacau de determinadas origens que já escolhemos, para que quando chegar a altura de fabricar, já tenhamos tudo preparado”, nomeadamente a escolha de origens das favas de cacau e o equilíbrio de receitas.

 

 

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