O eurodeputado Nuno Melo, eleito pelo CDS/PP, no seu comentário desta quinta-feira, 29 de Junho, começou por falar sobre o incendio que devastou o centro do país, dizendo responsabilidades “têm que existir”.
“Percebe-se que tudo falhou”, diz o Comentador da Rádio Campanário, justificando com o SIRESP e sobre o qual diz que “só pode ser uma responsabilidade politica e consequente, quem manda”.
Distanciando assim o SIRESP, que classifica como “um meio” que na situação em que esteve envolvida, “colapsou”.
Quanto á coordenação, “é de cima para baixo, na base da qual, os operacionais têm que fazer o que devem fazer”, ao qual acrescenta que “falhou”.
Para além do SIRESP, o eurodeputado indica que os aviões Kamov “onde se gastaram milhões, 3 estão no chão, e os que voam, voam com fortes limitações”, referindo limitações na capacidade de água que conseguem transportar.
Questionado sobre a comparação Ponte de Entre-os-Rios com o incêndio, Nuno Melo diz que a “do poto de vista politica, há toda”, justificando que se “todo o sistema de Proteção Civil falhou, há uma tutela que os elegia e coordenava”.
Nuno Melo diz que “há problemas estruturais e que se manifestam cronicamente”, referindo o ordenamento florestal em que “se os proprietários não tirarem rendimento da terra, abandonam-na”.
“O problema não está propriamente no papel (leis)”, afirma o eurodeputado, acrescentando que há um conjunto de mecanismos “onde muitos veem falhando”, sobre a qual refere que “é das autarquias locais até aos governos”.
Questionando se “as autarquias não têm obrigações” e “quanta da mata, é mata do Estado”, perguntas às quais afirmou logo de seguida que “o Estado é o pior dos gestores”, sublinhando que o Estado “é a entidade que mais terra tem ao abandono”.
A terminar o seu comentário, falou sobre a autorização que Portugal teve para fazer novo reembolso antecipado ao Fundo Monetário Internacional (FMI), questão pela qual refere que a dívida é “uma das grandes tragédias de Portugal”.
“Antecipando-a, poupa-se nos juros”, refere o eurodeputado sobre a dívida, acrescentando que este Governo faz agora o que criticou no Governo PSD/CDS”, contudo considera que “o que é bem feito, o resultado acaba por ser satisfatório”.