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Estado “está numa situação em que paga, mas não decide” na TAP, diz João Oliveira no seu comentário semanal (c/som)

O deputado João Oliveira, eleito pelo círculo de Évora da CDU à Assembleia da República, no seu comentário desta quarta-feira, dia 12 de Julho, começou por falar sobre a demissão de três secretários de Estado na passada semana, obrigando a uma pequena restruturação no Governo.

Em torno desta restruturação a que o Governo se vê forçado, o Comentador da Rádio Campanário diz que tem “alguma dificuldade” em considerar uma remodelação governamental, indicando que estas saídas são “por força de circunstâncias” e não por “por opção do Governo”.

Nas suas palavras, João Oliveira diz que os três secretários de Estado “desencadeiam esta substituição”, acrescentando que o Governo “terá aproveitado esta circunstância para proceder á substituição de outros membros do Governo”, também secretários de Estado e que terão dado indicações de que pretendiam sair.

Sobre as recentes notícias que indicam a possibilidade do Estado ter que injetar 270 milhões na TAP, o deputado comunista relaciona esta questão com “as condições” em que a privatização foi feita e “as necessidades de capital identificadas na altura, que não terão sido satisfeitas com o capital dos acionistas”.

Referindo que se a TAP “continuasse a ser pública”, João Oliveira indica que o Estado, para além de decidir a sua recapitalização, “decidiria também do serviço que é prestado, das condições dos trabalhadores e da forma como a companhia contribui ou deixa de contribuir para o desenvolvimento do país”.

“O Estado está colocado numa situação em que paga, mas não decide”, afirma o comentador da RC, relembrando a intenção do PCP em relação á TAP em que “a empresa ficasse, integralmente, nas mãos do Estado”.

Em torno do debate de crise, em que segundo as recentes noticias a esquerda prepara-se para defender António Costa nesse debate, João Oliveira diz que “o PCP não faz a apreciação do país em função da proteção de quem quer que seja”.

Segundo o deputado, este ano e meio demonstrou que “não só havia alternativa a essa politica dos cortes, como demonstro, sobretudo, que o caminho do progresso e do desenvolvimento do país tem que ser feito com a devolução dos direitos dos rendimentos e com a devolução dos salários”.

Acrescentando que por outro lado “não foi possível apagar todas as consequências de mais de 40 anos de politicas de direita”, reconhecendo que “em algumas matérias estruturais” o Governo “rompeu com as opções da politica de direita”, sobre o qual indica que “avolumam-se problemas sem resposta, e avolumam-se dificuldades estruturais do país, por resolver”, mencionando a dívida, legislação laboral e entre outros.

Questionando sobre a posição do PCP, tendo em conta o acordo governamental e os recentes eventos que têm marcado a atualidade, João Oliveira diz que o seu partido “nunca colocou as de missões de Ministros como questões centrais do debate politico”, destacando que o relevante “são as politicas que são executadas”.

João Oliveira diz que “é natural no CDS essa gritaria a pedir demissão de Ministros”, considerando que o PCP tem colocado as questões “exatamente nos termos em que as fomos colocando ao longo dos anos, quando iam sendo tomadas as opções que conduziram a esta situação”.

Sobre a penhora de obras da coleção de Joe Berardo devido a uma divida á banca em cerca de 500 milhões, recentemente noticiado pela comunicação social, o comentador da RC diz que “o negócio de Joe Berardo há muito tempo que levantou todo o tipo dúvidas”.

“É preciso clarificar em que condições é que esses compromissos foram assumidos, e que garantias é que havia que ele podia ser cumprido”, indicou.

João Oliveira refere que o Estado “tem a possibilidade de aquisição daquela coleção de arte, que resulta de uma lei que foi aprovada na sequencia do acordo com Joe Berardo”, em que o Estado “se disponibilizou a fazer investimento na manutenção e no alargamento da coleção, ficando com o direito de preferência na sua aquisição”.

 

 

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