Reconhecendo a crescente importância dos problemas do foro psiquiátrico e de saúde mental, a Administração Regional de Saúde (ARS), tem vindo a desenvolver esforços para aplicação do Plano Nacional de Saúde Mental, na rede de cuidados para o Alentejo, para promover a articulação da Saúde Mental com os Centros de Saúde, assim como com a Rede de Cuidados Continuados Integrados.
José Robalo, presidente da ARS Alentejo, falou à Rádio sobre a situação atual da saúde mental na nossa região, nos hospitais e centros de saúde, assim como da intenção da integração dos cuidados psiquiátricos no apoio domiciliário.
José Robalo diz existirem, nas unidades hospitalares, um conjunto de resposta e de serviços direcionados à saúde mental. “Existe alguma desconcentração nos cuidados de saúde”, afirma, em que estes psicólogos e profissionais da saúde mental se deslocam aos centros de saúde, dando consultas aos utentes, e apoio aos médicos de família.
O presidente da ARS alentejo avança que estão a ser desenvolvidas equipas de cuidados continuados integrados, para prestação de apoio domiciliário, “que vão integrar um conjunto de profissionais […] que incluem a psicologia como apoio geral”.
“Existe um compromisso, por parte dos profissionais, de darem a resposta mais adequada às necessidades da população”, afirma José Robalo, reforçando assim o caráter transetorial dos serviços de saúde.
Considera necessária uma “integração mais intensa da prestação de cuidados”, existindo um acompanhamento contínuo do utente ao longo de todo o processo, para que este tenha a perceção que, ao sair do hospital, haverá uma continuidade dos cuidados.
“Aquilo que pretendemos é alinhar um conjunto de saberes e de competências de diversos profissionais” para conseguirmos acompanhar e dar resposta a todos os doentes, conclui.
