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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Estamos agora a começar as negociações. Não havia, para trás, nenhum compromisso que efectivasse as acessibilidades ao novo hospital”, diz Presidente da CM Évora(com som)

Realizou-se hoje a cerimónia de assinatura da adjudicação da obra do novo Hospital Central do Alentejo, uma infraestrutura há muito ansiada pelos alentejanos.

A cerimónia decorreu nas instalações da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo , com a presença do Primeiro Ministro António Costa e da Ministra da Saúde, Marta Temido.

A Rádio Campanário esteve presente e, à margem desta cerimónia, falou com Carlos Pinto Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora que referiu “ é um excelente dia. É uma adjudicação que vem com atraso, mas que finalmente é concretizada.”

O Autarca, apesar de reconhecer a importância do ato de hoje, considera que “ainda existem alguns passos a serem tomados.”

Para além da obra que tem que ser iniciada e concluída, há ainda questões pendentes a resolver como é o caso das infraestruturas, da relação do hospital com a futura escola de saúde da Universidade de Évora”, referiu.

Para o Presidente da autarquia de Évora “estão reunidas as condições para que as situações pendentes possam agora ser despoletadas e resolvidas de forma a que, quando o hospital ficar pronto, tudo esteja preparado para entrar em funcionamento.”

Questionado se a questão das acessibilidades não devia estar neste momento a ser debatida, considerando a informação avançada pelo PS de que existia há alguns anos um protocolo assinado sobre esta matéria, o presidente da Câmara Municipal adiantou “o que existia era um protocolo de acordo no âmbito do quadro plurianual financeiro da União Europeia que na altura existia e que entretanto deixou de existir, portanto esse protocolo não tem qualquer validade.”

O que nós temos dito é que as infraestruturas deviam ter sido integradas na obra global. Não tendo sido, o Município de Évora mostrou-se disponível para colaborar com o Governo e exemplo dessa disponibilidade foi que o município fez os projetos das acessibilidades, das redes de águas/saneamento e identificou os terrenos que vão ter que ser negociados para que as acessibilidades possam ser implantadas”, referiu.

Relativamente a esta negociação de terrenos, Calos Pinto de Sá referiu que “não cabe ao município tomar a iniciativa de negociação destes terrenos sem o Governo dizer o que entende em relação a essa matéria. O que temos dito é que estamos disponíveis para negociar com o Governo e colaborar com o Governo nesta área, até como responsáveis. Não temos qualquer problema em assumir essa responsabilidade, desde que ela seja negociada”, estando já agendada uma reunião com Marta Temido, Ministra da Saúde para discutir estes aspetos.

Questionado se, para a Câmara Municipal de Évora este processo está agora no início da sua fase de negociações, nada existindo para trás, o autarca respondeu “ em termos práticos é isso que acontece uma vez que não havia, para trás, nada que estabelecesse qualquer compromisso que permitisse a efectivação das infraestruturas.”

Há agora disponibilidade quer do Ministério da Saúde, quer da Administração Regional de Saúde do Alentejo para discutir esta matéria”, sublinhou.

No que respeito ao investimento financeiro necessário para a criação das infraestruturas e se o Município de Évora avançará ou não com alguma comparticipação financeira, Pinto de Sá referiu “Estamos a falar de valor que ultrapassarão os 6 milhões de euros, valores que o Município não dispõe, existindo por isso a necessidade de garantir outros financiamentos. Da nossa parte estamos disponíveis para negociar e dessa negociação tem que nascer, não só o que se vai fazer mas também como vão ser financiadas estas obras.”

 

 

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