O NERE associou-se à ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho, o IEFP e a Segurança Social reunira-se esta manhã, em Évora, para a realização de uma sessão de esclarecimento para as PME do Alentejo Central, com ofertas de emprego para trabalhadores ucranianos acolhidos na nossa região.
A Rádio campanário esteve presente e falou com Paula Caeiro, diretora do Centro de Emprego e Formação Profissional de Évora.
A responsável pelo IEFP começou por sublinhar a importância “de estes três organismos se juntarem, todos pertencentes ao mesmo ministério e estarmos todos Articulados no trabalho que temos estado a desenvolver de apoio aos refugiados vindos da Ucrânia, uma situação trágica e que todos conhecemos,”
Paula Caeiro destaca ainda que, apesar de os apoios prestados por estas três entidades é sempre transversal a todos os cidadãos, é importante “passar a mensagem para as empresas que estamos próximos, que os apoios financeiros existem e que existem estes cidadãos que estão a chegar ao nosso território e que precisarão do apoio das empresas.”
“As empresas, em todo o país, mas especificamente no Alentejo, têm sido excelentes a reagir a esta situação mostrando-se disponíveis para admitir e para integrar muita gente, não só porque tem necessidade de mão de obra, mas também numa outra vertente, numa perspetiva social” acrescentou ainda a responsável distrital do IEFP.
Paulo Caeiro refere que há “muitas empresas e muitas ofertas de postos de trabalho registadas mas felizmente ainda não temos muitos cidadãos ucranianos no Alentejo central, o que é um bom sinal.”
No que diz respeito a números concretos, segundo Paula Caeiro, “no distrito de Évora e no que toda a cidadãos adultos, estão inscritos no IEFP cerca de 82 pessoas ucranianas e no total do Alentejo , 475 cidadãos ucranianos.”
Relativamente à oferta de postos de trabalho existentes, Paula Caeiro referiu que existem “mais de 300 ofertas de postos de trabalho no distrito de Évora.”
A diretora do IEFP de Évora esclareceu ainda que neste momento “o cidadão pode ir diretamente à página do IEFP e ter acesso a tudo o que existe relativamente a ofertas de trabalho assim como as empresas que através da página podem saber quem está inscrito no IEFP.”
Questionada se, na sua opinião será possível encaixar estes cidadãos ucranianos nas áreas específicas de formação de cada um, Paula Caeiro referiu “ é possível sim, estamos a falar de um grupo de pessoas com uma escolaridade elevada, 12º ano ou nível de habilitação superior, mas também estamos a falar de cidadãos que estão disponíveis para trabalhar em qualquer área e as ofertas também são diversificadas.”
Para Paula Caeiro, a primeira barreira “será a língua e vamos tentar ultrapassá-la logo na primeira fase, integrando todas as pessoas em ações de formação de português.”
“Neste momento já estão a frequentar a formação de português, no distrito de Évora, cerca de 70 pessoas” conforme referiu Paula Caeiro acrescentando ainda que no distrito de Évora, cerca de 15 a 20 cidadãos ucranianos, já “estão a trabalhar.”
