O Parlamento Europeu vai estar em Évora de 27 a 29 de maio, no âmbito da iniciativa ‘Parlamento Europeu à sua porta’, uma digressão por sete cidades portuguesas com o objetivo de chegar aos cidadãos e dar a conhecer a atividade da instituição.
A Rádio Campanário esteve presente na abertura desta iniciativa e falou com o eurodeputado do PS Carlos Zorrinho, que começou por referir que “a União Europeia tem que estar dentro de cada um de nós.”
O eurodeputado destacou ainda “nós temos que nos sentir europeus, porque pertencemos a esta grande parceria e a verdade é que o maior inimigo da União Europeia, o maior inimigo das nossas comunidades e de cada um de nós é indiferença.” Isto porque “quando nós somos indiferentes escolhem por nós e quando escolhem por nós, só com muita sorte é que escolhem aquilo que nós queremos.”
Como tal “estas atividades da representação em Portugal do Parlamento Europeu, como outras atividades da Comissão Europeia, são buzinas que se tocam para lembrar as pessoas de que devem tirar partido desta extraordinária circunstância, de fazerem parte de uma parceria democrática de 27 países que há 60 anos estão em paz e onde há liberdade de expressão.”
Questionado acerca do caminho que ainda falta percorrer pelos cidadãos para que percebam quais são as obrigações e deveres para com a União Europeia Carlos Zorrinho referiu que “eu já levo cerca de 7 anos e meio como representante dos portugueses no Parlamento Europeu e todos os dias faço essa reflexão.”
Esta reflexão de que fala o eurodeputado é feita de várias formas. “Escrevo sobre isso, penso em qual é a melhor maneira de comunicar, qual é a melhor maneira de chegar às pessoas.” Acrescentou ainda que, na sua opinião, “a melhor maneira de comunicar é mostrar às pessoas que muito daquilo que está a acontecer à sua volta só está a acontecer porque fazemos parte da União Europeia.”
Nesta comunicação há duas maneiras de esclarecer a população. “Há a parte que é uma comunicação mais direta com medidas concretas e, depois, há outra parte que é explicar o funcionamento dos órgãos europeus”, ou seja, “como é que se tomam as decisões. A democracia Europeia é algo muito interessante, muito pujante à escala mundial e acho que devemos ter orgulho nela”.
Sobre o seu papel enquanto eurodeputado junto da população, Carlos Zorrinho destaca “eu uso todos os recursos que posso, sempre que há plenários em Estrasburgo envio para milhares de pessoas uma informação em que em que explico o que fiz e também aquilo que são as oportunidades que existem” nomeadamente “de candidaturas, concursos, documentos.”
Para além disso “agora estou a voltar, praticamente todas as semanas, a estar em escolas a conversar com os alunos. Sempre que posso respondo às solicitações para fazer conferências, palestras, diálogos, escrevo 4 ou 5 artigos por semana e participo nas rádios e nos espaços públicos.” No entanto, “é evidente que mesmo com tudo isso chegamos a uma percentagem pequena das pessoas e, portanto, estas atividades são muito importantes e têm que ser desmultiplicadas.”