José Gonçalez é natural de Estremoz e um nome conhecido e reconhecido no mundo do fado.
Este Alentejano integrou o projeto A Casa da Amália onde ainda hoje permanece, um formato que inspira nas noites de fado em casa de Amália Rodrigues que juntavam várias figuras do mundo das artes nacionais.
O Projeto A Casa da Amália ao Vivo anima a noite deste sábado na FIAPE em Estremoz e a Rádio Campanário, à margem da cerimónia deste certame, falou com José Gonçalez sobre as expetativas para esta atuação em Estremoz, a sua terra.
José Gonçalez começou por nos referir, a propósito do regresso da FIAPE “esta feira marca sobretudo voltarmos às atividades normais, ás nossas vidas normais e isso é muito importante é retomarmos uma feira que é indiscutivelmente uma das maiores do país no seu género e para mim é muito bom voltar à minha terra e voltar à FIAPE.”
No que diz respeito ao regresso do projeto A Casa da Amália para uma nova temporada José Gonçalez sublinhou “estou muito feliz e está a correr muito bem já estamos na terceira série e a quarta série já está a ser gravada.”
“Aquilo que queremos é que continue e que tenha vindo para ficar” disse ainda o fadista alentejano que salienta ainda que a reação das pessoas ao projeto “é muito boa, as pessoas gostam da filosofia do programa, de estarmos ali em amena cavaqueira, à conversa e a cantar.”
José Gonçalez não podia estar mais feliz pois, como refere “estrear exatamente aqui na FIAPE a tour da Casa da Amália ao vivo deixa-me muito feliz.”
Questionado se o fado não se esgota, considerando que esta é a temática do programa diz “não, nunca esgota ainda por cima porque o grande objetivo do programa é nós cruzarmos arte e artes, todas as artes.”
Segundo o músico Alentejano, no programa “partimos do fado porque estamos em casa de Amália e a Amália era uma fadista e foi claramente a maior fadista de sempre mas depois abrimos os braços a todas as músicas e eu acho que esse tem sido também o trunfo do programa.”
José Gonzalez, reconhecido fadista, esteve durante muito tempo associado à área da comunicação através da Rádio local, tempos marcantes. Ainda assim o fadista alentejano diz “não sou muito de saudosismo, olho sim com enorme orgulho, e sempre com o desejo de que as coisas corram bem, sou interessado e não só pela de Estremoz.”
José Gonçalez considera por último que “as nossas terras, os sítios de onde partimos devem merecer sempre a nossa atenção e eu tenho esse tipo de cuidado.”