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Estremoz: Bombeiros comemoraram 83.º aniversário. “Os estremocenses podem contar com os seus Bombeiros porque estão disponíveis para o que for necessário”, diz presidente da Direção, José Pardal (c/som e fotos)

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Estremoz completou este sábado, dia 20 de agosto, os seus 83 anos de existência.

Para assinalar mais um aniversário, a instituição organizou um lanche convívio e ao mesmo tempo promoveu e condecorou os seus Bombeiros, na presença de um conjunto alargado de individualidades.

A Rádio Campanário acompanhou o ato e falou com o presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Estremoz, José Capitão Pardal que recordou que esta associação surgiu numa altura em que “houve um fogo muito violento em Estremoz” e onde três amigos se juntaram e formaram a instituição.

Questionado, José Capitão Pardal refere que as principais dificuldades da associação passam pela área financeira, “os meios de que dispomos são fruto do trabalho dos Bombeiros e com o transporte de doentes, para além de alguns subsídios que nos dão as entidades oficiais, o resto, tem que ser angariado por nós”.

Relativamente à aquisição recente de uma nova ambulância, diz que foi adquirida “com capitais próprios porque neste momento não há quaisquer programas comunitários para as ambulâncias, foi um esforço muito grande, foram cerca de 40 mil euros e que pagamos logo naquela altura e estamos agora um pouco descapitalizados por esse motivo”.

O presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros de Estremoz salienta que neste momento os Bombeiros de Estremoz necessitam ainda de “um veículo de fogos florestais (…) e precisamos também de outro veículo de transporte de doentes”.

“Os estremocenses podem contar com os seus Bombeiros porque estes estão disponíveis para o que for necessário”, finaliza.    

O Comandante Carlos Machado declarou que este aniversário “tem um simbolismo muito próprio de uma coletividade como é a Associação de Bombeiros Voluntários com o seu serviço à nossa população e do país porque no nosso horizonte, vamos para além da nossa área de atuação com o nosso concelho, é uma forma de marcarmos a nossa presença, juntarmos aqui todas as entidades com quem colaboramos e que colaboram connosco. A forma como o fazemos, por decisão da Direção, e que temos comemorado de uma forma mais veemente com mais formalidade, de cinco em cinco anos, os aniversários da associação, anualmente vamos de uma forma mais informal, mas penso que não menos importante, fazendo um pequeno convívio neste dia”.

Carlos Machado salienta que a parte mais formal do dia está relacionada com “a promoção de cinco novos Bombeiros (…) uma vez que completaram com sucesso todo o seu percurso”.

Instado refere que o número de Bombeiros é uma preocupação desta corporação, “as admissões estão a ser a um ritmo inferior às saídas (…) e a reposição de pessoal vai ficando um pouco aquém e estou com um corpo ativo de cerca de 50 elementos, quando deveria estar com 70 a 80 para funcionar de uma forma mais simples para todos e com menos desgaste, mas ainda vamos conseguindo dar conta das solicitações que nos são efetuadas”.

O Comandante José Ribeiro do Comando das Operações de Socorro do Distrito de Évora da Autoridade Nacional de Proteção Civil, expressa que “é uma data muito significativa para o corpo de Bombeiros, várias décadas ao serviço da população e portanto é uma cerimónia muito informal na qual eu destacava a promoção  dos cinco estagiários a Bombeiros de 3ª, concluíram a escola, concluíram o exame e hoje vão integrar e ingressar na carreira de Bombeiro”.

Para o presidente da Câmara Municipal de Estremoz, Luís Mourinha, os Bombeiros Voluntários de Estremoz “representam um papel fundamental na proteção, quer na questão dos incêndios quer na ajuda às populações, quer em termos sociais e é uma instituição que nós valorizamos muito e atribuímos um subsidio com algum significado anual, precisamente para que possam desempenhar a sua missão com qualidade”.

Luís Mourinha acrescenta que, relativamente ao número de Bombeiros, “a sociedade valoriza pouco aqueles que dão qualquer coisa de livre vontade à sociedade e isso é que tem que mudar e passa por uma formação desde as escolas, valorizar o trabalho dos Bombeiros, a questão é que só se lembram dos Bombeiros quando têm problemas (…) e a população tem que mudar u pouco esta filosofia”.

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