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Estremoz quer Figurado de Barro como primeira peça de artesanato classificada como tesouro nacional, adianta Hugo Guerreiro (c/som)

O Município de Estremoz quer que o Figurado de Barro seja a primeira peça de artesanato a ser classificada como tesouro nacional, a proteção jurídica mais elevada atribuída a bens móveis.

A intenção do município, que havia candidatado o Figurado de Barro de Estremoz e o viu ser classificado em 2017 como Património Cultural e Imaterial da Humanidade, foi divulgada à RC no primeiro aniversário desta atribuição pela UNESCO a esta arte secular estremocense.

A esta estação emissora, Hugo Guerreiro, responsável técnico da candidatura à UNESCO e diretor do Museu Municipal de Estremoz, afirma que “o Estado Português não pode olhar apenas como tesouros nacionais a ourivesaria, escultura e tudo o que é erudito”, sustentando que “tem que olhar para a arte do povo”.

“Ora se o Figurado de Estremoz, a produção, está inscrita como Património da Humanidade, porque não podemos ter uma peça de Estremoz inscrita como tesouro nacional”, questionou o responsável, sublinhando que “não faz sentido” que assim não o seja.

Nesse sentido, o Município e o Museu Municipal de Estremoz já iniciaram os trabalhos, através dos quais vão “pedir o apoio da Direção Regional de Cultura do Alentejo”, com o objetivo de conseguir classificar “uma peça artesanal, neste caso o Figurado de Estremoz, reconhecida como tesouro nacional”, explicou Hugo Guerreiro.

Para o responsável, esta classificação “é um direito que todos os artesãos, do passado e do presente, têm em ver reconhecido o seu génio criativo”, sustentando que os promotores desta intenção “têm agora as portas mais abertas” para concretizar a obtenção dessa classificação, graças ao selo da UNESCO atribuído ao artesanato de Estremoz.

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