O Eurodeputado do PS, Carlos Zorrinho, na habitual revista de Imprensa, falou à Rádio Campanário sobre o programa de estabilidade, as previsões da inflação e a polémica contratação da adjunta do Ministro das Finanças.
No que diz respeito ao primeiro tema, o Eurodeputado socialista começou por nos referir “este programa de estabilidade infere num pouco do mesmo problema da apresentação do Programa de Governo e mais concretamente da apresentação do chamado choque fiscal pois não é credível, ou seja, quando foi apresentado o choque fiscal tinha sido prometido um alívio fiscal de 1500 milhões de euros e percebeu-se depois que isso era apenas recuperar aquilo que tinha sido feito pelo governo anterior e que o alívio fiscal é apenas diminuto.” Ainda a este propósito sublinha “não há uma segunda oportunidade para causar uma primeira impressão , que neste caso foi péssima, e as pessoas começam a desconfiar de tudo o que é proposto pelo Governo .” No que diz respeito ao Programa de estabilidade realça “não tem contas feitas , não tem projeções, é no fundo o programa de estabilidade do anterior governo com muito pouco trabalho acrescentado.” O Eurodeputado adiantou ainda que “Luís Montenegro diz que não vai governar para os telejornais mas é o que tem feito porque governar para os portugueses não se nota.”
No que se refere ao segundo tema, as perspetivas de que a inflação recue para 2,5% em 2024, o nosso comentador referiu “espero que sim, era muito bom para nós todos; esse é um ponto em que o Governo tem menos capacidade de interferir pois nós sabemos que a Inflação quando subiu, subiu por questões externas nomeadamente pelo aumento dos combustíveis e dos bens de consumo à escala global devido à guerra da Ucrânia, e neste momento estamos numa situação muito periclitante devido ao conflito no médio oriente.”
Quanto ao último tema, o Eurodeputado Carlos Zorrinho refere “lamento esta situação pois durante dois anos o principal partido da oposição(PSD) fez campanha com base na exploração até ao limite destes caso e eu não gostaria de fazer o mesmo mas julgo que eles têm que ser rapidamente esclarecido.”
O Eurodeputado socialista conclui “se há uma lição que pode ser aprendida do que aconteceu no passado é que estes casos prejudicam a imagem de toda a classe política, prejudicam a própria eficácia da governação e se forem verdade têm que ter consequências; se não forem terão que ser esclarecidos.”