Na rúbrica Revista de Imprensa desta quarta-feira, na Rádio Campanário, o Eurodeputado João Pimenta Lopes, eleito pelo Partido Comunista Português (PCP), abordou os seguintes temas: as audições dos Partidos Políticos pelo PR e a moção de rejeição a ser apresentada pela CDU.
No que diz respeito ao primeiro tema e sobre a decisão que poderá sair das mãos do Presidente da República, o Eurodeputado João Pimenta Lopes começou por referir “ainda falta saber exatamente qual será a distribuição dos quatro deputados que faltam embora pareça não haver grandes surpresas e essa distribuição determinará, à partida, um cenário idêntico aquele que saiu da noite eleitoral.”
O eurodeputado acrescentou “assim sendo o normal será a convocação de Luís Montenegro para formação do governo pelo que a questão prende-se com aquilo que é o programa do Governo, um programa que vem recuperar um projeto que foi terminado em 2015 e que consagrará um caminho de continuidade na senda de ataque a direitos laborais e sociais e degradação das respostas dos serviços públicos”.
No que diz respeito a um possível entendimento da AD com a IL e ao facto do PS já ter adiantado que irá viabilizar um orçamento rectificativo para garantir os aumentos na função pública, questionado se a CDU fica isolada na moção de rejeição que pretende apresentar, o Eurodeputado explicou “á moção de rejeição será sobre todo um programa que será apresentado e não apenas sobre um orçamento retificativo, sendo ainda necessário esclarecer em que termos este será apresentado.” Em seu entender esta Moção “clarifica posições e caberá aqueles que estão na Assembleia da república assumir as suas responsabilidades em função de se vincularem ou não com um programa que há-de ser coincidente com aquele que era um programa no caminho da degradação das condições de vida do povo português e de benefício aos grandes grupos económicos.”
O Eurodeputado João Pimenta Lopes termina referindo que o resultado destas eleições legislativas foi precisamente “o espelho da desesperança daqueles que tanto têm apertado o cinto e que o transmitiram em voto de protesto , mas infelizmente numa força que não corresponderá no combate às causas de fundo que estão por trás dessa revolta.”