No seguimento da cerimónia de abertura do Palácio D. Manuel, que decorreu no passado dia 29 de junho, a Rádio Campanário falou em exclusivo com Ana Paula Amendoeira, Diretora Regional de Cultura do Alentejo, sobre a importância da cultura na cidade de Évora. Tendo sido dos mais afetados pela pandemia COVID-19, o Sector da Cultura e o Sector do Património começam agora a reabrir as suas portas ao público e ao turismo.
Face à rapidez na retoma da normalidade, a Diretora Regional de Cultura do Alentejo mostrou-se reticente, “há muitas diferenças de velocidades dependente das situações de cada um. Os artistas foram dos grupos mais afetados com esta situação porque deixaram de poder trabalhar, e as associações também tiveram que fechar portas”, referindo que “o tecido cultural da nossa região, que é ainda mais frágil, não é fácil de retomar”.
Ana Paula Amendoeira valorizou também “o fruto da força e coragem das pessoas. Houve, apesar de tudo, muitas coisas que não fecharam e que continuam a tentar resistir”, e revela que “o apoio das entidades públicas para estes projetos é muito importante”.
A Diretora Regional de Cultura do Alentejo aproveitou ainda para falar de alguns projetos no Sector do Património, espalhados um pouco por todo o Alentejo. Estão entre eles o Festival do Baixo Alentejo, o Festival Imaterial em Évora, e outros em Elvas, Portalegre, entre outros, referindo que isto é possível devido ao “dinamismo dos municípios”. Falou também da inauguração da Casa da Cidadania Salgueiro Maia em Castelo de Vide, e do término da obra do Castelo de Campo Maior, referindo que “há muitas intervenções da área do património, embora as necessidades sejam muito grandes”.
Dentro do novo Quadro Comunitário de Apoio (QCA) existem intervenções a serem preparadas para entrar em execução no início do ano de 2022, ao mesmo tempo que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) prepara as suas próprias intervenções que visam “garantir uma adequação e atualização no que diz respeito às tecnologias”.