Tal como a Rádio Campanário noticiou, Estremoz foi hoje palco do 1.º Encontro Transfronteiriço de Cidadania Ativa para os Valores da UNESCO.
À margem do encontro realizado, a Rádio Campanário falou com o Vereador da Câmara Municipal de Évora, Henrique Sim-Sim, eleito nas últimas eleições autárquicas pelo PSD relativamente às negociações , que estão a decorrer, do Orçamento Municipal para 2023.
Recorde-se que, tal como a Rádio Campanário já tinha noticiado, a Câmara Municipal de Évora continua a desenvolver negociações com os partidos da oposição para que possam ser finalizadas e aprovadas as Grandes Opções do Plano e o Orçamento para 2023.
A Câmara de Évora é gerida pela CDU, mas a oposição está em maioria no executivo municipal, com dois eleitos pelo Partido Socialista, dois do PSD e 1 do Movimento Cuidar de Évor
O vereador do PSD começa por referir que este é um processo “que tem que ser melhorado” justificando “nós não podemos estar em fevereiro a aprovar um orçamento para o ano corrente.”
Segundo adiantou à RC Henrique Sim-Sim no processo de negociações “ainda estamos longe do que nós queremos” explicando “apresentámos 60 propostas, algumas já estão incluídas no documento que irá a discussão mas há muitas que não estão.”
Para o Vereador do PSD existe uma grande preocupação com “a capacidade de execução de todo o orçamento, de todas as propostas porque continuamos com duas pessoas a gerir uma cidade e um concelho muito exigente.”
Henrique Sim-sim sublinha ainda “verificámos que já há 10 anos que a CDU está no poder e que pouco se consegue alterar” apontando o dedo à força política que gere o executivo de não conseguir ter uma visão “moderna e progressista para o território.”
O vereador do PSD manifesta-se “preocupado com o futuro”.
Questionado pela Rádio Campanário se poderá vir a existir uma proposta do vereador do PSD integrar o executivo, através da atribuição de alguns pelouros, Henrique Sim-Sim refere “nós fizémos essa proposta no início do mandato e não foi aceite e isso está ultrapassado.” Ainda assim, refere “estamos muito preocupados com o rumo da CDU e com o facto da CDU ter optado por ter duas pessoas a gerir um orçamento na ordem dos 60 milhões de euros e uma cidade com mais de 50 mil habitantes e com uma dinâmica que tem que ser diferente, acrescendo a isto o facto de Évora ter sido escolhida como Capital Europeia da Cultura.”
A uma distância de três anos do final do mandato e questionado se ainda se mostra disponível para uma possível integração no executivo, o Vereador do PSD sublinha “isso é uma responsabilidade da CDU, nós estamos disponíveis para servir a cidade e o concelho como sempre estivemos.”
Das negociações propriamente ditas, o vereador do PSD realça “nesta fase ainda estamos longe de chegar a um consenso.”
