O inquérito ordenado pelo Ministro da Administração Interna sobre os incidentes com a PSP e GNR no acompanhamento de vacinas da covid-19 em Évora acabou arquivado por “não haver matéria disciplinar”, mas com recomendação às forças de segurança.
Em causa está um incidente entre a PSP e a GNR, nos primeiros dias do programa de vacinação, sobre quem devia escoltar o transporte de vacinas no distrito de Évora.
Na sequência deste incidente, o ministro da Administração Interna (MAI), Eduardo Cabrita, determinou a abertura de um inquérito urgente por parte da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).
Conforme avança hoje a rádio TSF, a Inspetora-Geral da Administração Interna, Anabela Cabral Ferreira, adiantou que a IGAI acabou por concluir “não haver matéria disciplinar”, apesar de se ter detetado “a necessidade de reforçar e densificar o dever legal de cooperação existente entre forças de segurança”.
Decorrente desta situação, os responsáveis pelo inquérito propuseram ao MAI o arquivamento do inquérito, bem como “que fosse emitida uma recomendação”, algo que foi aceite por Eduardo Cabrita.
A recomendação, avança a mesma fonte, foi emitida na semana passada e refere que as forças de segurança têm o “dever” de cooperar umas com as outras, sendo sublinhado aquilo que está previsto na Lei de Segurança Interna referindo, na recomendação, disponível no site da IGAI, “Sendo determinada a intervenção das forças e serviços de segurança na execução de uma concreta missão, o dever de cooperação tem de ser cumprido de modo a potenciar a eficácia da execução conjunta”.
Pode ler-se ainda “as entidades envolvidas devem articular-se de modo a que qualquer escolho ou entropia seja removido, devendo a missão ser cumprida de maneira eficaz e com absoluta sintonia” entre as várias forças de segurança envolvidas”.
Esta recomendação foi remetida ao Comandante-Geral da GNR, Diretor Nacional da PSP e Diretor Nacional do SEF.