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Quinta-feira, Novembro 21, 2024

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Évora e Portalegre com custos de água elevados, Beja com a tarifa fixa mais baixa do país

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) concretizou a  6ª edição do Estudo Comparativo dos Tarifários de Abastecimento de Água de Portugal, e o ano 2020 comprovou o que a associação considera como uma “discriminação no custo da água para as família de maiores dimensões.” 

De acordo com o Tribuna Alentejo, a associação dá o exemplo de Montemor-o-Novo, onde uma família de 7 pessoas paga um total pela água de 35,22€/mês, sendo doze vezes mais do que uma pessoa sozinha (2,85€/mês), para o mesmo consumo por pessoa.

Segundo o mesmo estudo, os distritos de Évora e Beja apresentam disparidades enormes de concelho para concelho. De salientar que Beja tem, em média, a tarifa fixa mais baixa do país.

No distrito de Évora, a  tarifa fixa de abastecimento de água está em 2,20€, abaixo dos 3,23€ da média nacional, contudo, a tarifa variável de abastecimento registou uma média de 0,87€ por m3 consumido, valor acima do preço médio do país (0,81 € por cada m3 de água consumida).

No distrito de Portalegre existem também grandes diferenças, dando aqui a APFN o exemplo de Marvão, onde uma família de 7 pessoas paga um total pela água (29,37€/mês), quase onze vezes mais do que uma pessoa sozinha (2,70€/mês), para o mesmo consumo por pessoa.

O distristo apresenta ainda um preço médio da tarifa variável de abastecimento de água de 0,94 €/m3 de água consumida, ultrapassando a média nacional que se cifrou em 0,81 €/m3. Quanto ao preço médio da tarifa fixa de abastecimento de água, situa-se nos 1,99€ por mês, abaixo do preço médio nacional – 3,23€ por mês.

Dito isto, o distrito de Beja destaca-se por apresentar a média da tarifa fixa da água mais baixa do país em 2020. No entanto, apresentam também exemplos negativos, como o caso da autarquia de Ferreira do Alentejo, onde uma família de 7 pessoas paga um total pela água de 27,42€/mês, sendo dezanove vezes mais do que uma pessoa sozinha (1,44€/mês), para o mesmo consumo por pessoa.

Ao efectuar estes estudos de comparação, a APFN pretende corrigir distorções no custo da água em Portugal e entende que, face a 2019, o nível de justiça do custo da água sofreu um recuo, existindo um agravamento da discriminação ao nível do local de residência das famílias, através de um aumento das disparidades do preço base da água.  

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