O Município de Évora, através da sua página oficial de facebook, deu hoje conta que, na sua reunião ordinária de 07 de outubro, os eleitos municipais “foram unânimes no repúdio e manifestação de pesar pela destruição de uma anta na Herdade do Vale da Moura, Freguesia da Torre de Coelheiros.”
De acordo com a informação avançada pela autarquia, “o monumento, atribuído ao Período Neolítico, estava citado no Plano Diretor Municipal (PDM) em zona de salvaguarda na categoria de valor A1, o que determina proteção máxima.”
Segundo o referido plano “qualquer tipo de obras ou de intervenções no subsolo em áreas que possam afetar ou colidir com sítios ou estruturas arqueológicas são precedidas de avaliação prévia de eventuais impactes sobre os vestígios de natureza arqueológica inventariados”.
Eduardo Luciano, Vereador do Pelouro da Cultura , informou a Câmara Municipal que “o ato foi objetivamente deliberado, já que o mesmo aconteceu após ter sido ignorado aviso prévio da Direção Regional de Cultura do Alentejo.”
O Vereador da Cultura adiantou ainda que “a Câmara Municipal está a acompanhar as diligências que entretanto foram tomadas nas vias judiciais para apuramento de responsabilidades.”
Recorde-se que, tal como a Rádio Campanário noticiou, a alegada destruição de uma anta numa herdade perto de Évora, por causa da plantação de um amendoal intensivo, motivou uma queixa-crime da Direção Regional de Cultura e denúncias de uma associação de defesa do património.
O monumento localiza-se na área geográfica da Junta de Freguesia de Torre de Coelheiros, no concelho de Évora, sendo uma das várias antas que estão referenciadas na Herdade do Vale da Moura.