A multinacional norte-americana Kemet Electronics pretende avançar com o despedimento coletivo de quase metade dos trabalhadores da fábrica de Évora, num total de 127 operários, esta intenção chega à comunicação social pelo Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI).
“A empresa indicou no processo de despedimento coletivo que pretende encerrar uma das linhas de produção a 30 de junho”, referiu Hugo Fernandes, delegado sindical do SIESI.
O dirigente sindical explicou que “a empresa invoca motivos estruturais e de mercado para fazer o despedimento coletivo” na fábrica de Évora, alegando que, nos últimos três ou quatro anos, ocorreu uma “deslocalização de equipamentos e de produção para outras fábricas do grupo”. O responsável acresce que “o quadro apresentado está condicionado por decisão da gestão da empresa”.
De acordo com o responsável, na próxima sexta-feira, os representantes do sindicato deslocam-se ao Ministério da Economia para entregarem um documento com argumentos contra o despedimento coletivo.
O delegado sindical e dirigente do SIESI adiantou que o despedimento coletivo vai afetar “trabalhadores com uma antiguidade superior a 10 anos de casa”.
Relembramos que a empresa já manifestou esta intenção no final de novembro de 2012, mas em janeiro de 2013 voltou atrás com a intenção do despedimento coletivo, que afetaria, nessa altura, 154 trabalhadores.
A fábrica de Évora da Kemet Electronics, que emprega cerca de 310 trabalhadores, produz condensadores de tântalo para telemóveis e para a indústria automóvel, e ainda não prestou declarações à comunicação social sobre o “possível” despedimento coletivo.
