O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa participou esta quarta-feira, dia 25 de maio, num Encontro/Debate com Jovens no âmbito das comemorações dos 40 anos das primeiras eleições presidenciais em democracia.
Esta sessão, organizada pela Presidência da República, através do Museu da Presidência da República, e em parceria com diversas entidades, decorreu no auditório da Universidade de Évora, no Colégio do Espírito Santo, sendo moderada pelo jornalista Joaquim Letria, e contando com a participação do ex-Presidente da República General António Ramalho Eanes.
A Rádio Campanário esteve presente para reportar o momento e falou com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa que elogiou o discurso do General Ramalho Eanes, dizendo que foi “um discurso fascinante. Por um lado a recordação do passado e a explicação do passado e por outro lado, a análise sobre o passado, sobre o presente e a análise sobre o futuro. Foi um testemunho riquíssimo porque permitiu falar do que foram as dificuldades que teve no período revolucionário, como foi a transição para a democracia e depois os grandes problemas da democracia e os grandes problemas da democracia em Portugal e no mundo, a situação e os desafios da Europa, as dificuldades no exercício da função presidencial, foi muito completo, muitas perguntas e foi a prova de que valeu a pena celebrar estes 40 anos desta maneira”.
Acrescenta que “em vez de ser uma cerimónia festiva, que também haverá, ser sobretudo um debate com jovens, um debate com o futuro de Portugal”.
À Rádio Campanário o General Ramalho Eanes mostrou surpreendido com as questões colocadas pelos jovens, dizendo que foram “muito pertinentes, feitas com grande ousadia, com grande liberdade, com a preocupação de esclarecer e não de fazer de conta, e mesmo para quem perdeu a noite como eu, acho que valeu a pena e isto é uma grande compensação”.
Questionado se acredita que os jovens, que são o futuro, ficaram mais esclarecidos, refere que está convencido “que esta juventude, por aquilo que mostra querer, é uma juventude que vai fazer deste chão, aquilo que este chão não foi durante séculos, embora tenha sido, mas chão em que todos os portugueses se sintam irmãos e em que todos entendam que têm possibilidade de trabalhar para serem solidários, para serem fraternos e na medida em que os homens podem ser felizes”.