Em Évora, dezenas de pessoas saíram hoje à rua para integrar a manifestação de sensibilização para os problemas das culturas superintensivas, organizada pela Delegação Regional da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
As viaturas que participaram na marcha lenta concentraram-se nas rotundas de Reguengos, Estremoz, Arraiolos e Montemor-o-Novo, antes de seguirem até à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo.
Não foram recebidas pelo diretor regional de Agricultura e Pescas (DRAP) do Alentejo, como estava previsto, para procederem à entrega de um documento que sintetiza as “preocupações, reclamações e reivindicações” de agricultores e consumidores. Este documento seguirá, por correio, na próxima segunda-feira, para a DRAP Alentejo e para os grupos parlamentares com assento na Assembleia da República.
Esta ação de sensibilização contou com a presença dos presidentes das câmaras municipais de Évora, Carlos Pinto de Sá, e de Serpa, Tomé Pires, assim como o deputado eleito pela CDU em Beja, João Dias.
“Não dependemos do Diretor Regional para fazer a marcha lenta. Os motivos do protesto continuam em cima da mesa. Disseram-nos para entregar o documento ao porteiro, mas, por respeito ao porteiro, não o fizemos e vamos enviar na segunda-feira por correio”, disse Joaquim Lopes, coordenador da CNA no Alentejo, à agência Lusa.
Os motivos, segundo uma nota de imprensa divulgada pela CNA, prendem-se com “sensibilizar os poderes políticos para a situação originada pelas culturas superintensivas que têm vindo a afetar os campos alentejanos”, pondo em causa “a sustentabilidade destes territórios” no futuro.
“É a defesa da agricultura tradicional, dos modos de produção tradicionais que nos move. Claro que, depois, tem a ver com os modos de produção superintensiva, com os olivais em sebe, que são uma loucura agronómica que vamos pagar daqui a 20 anos”, declarou o coordenador da CNA.
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