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Sábado, Outubro 26, 2024

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Évora não escapa ao histórico de atrasos que tem marcado as capitais europeias da cultura

Do plano A ao plano B vai um passo de distância para que o projeto Évora 27 tente recuperar do atraso que se tem avolumado em torno da Capital Europeia da Cultura. Será preciso correr atrás do prejuízo, mas o presidente da Câmara de Évora acredita que ainda há tempo, após a tomada de posse da direção da Associação 2027, liderada por Maria do Céu Ramos. Porém, ressalva Carlos Pinto de Sá, “é fundamental que haja financiamento”. E, em abono da verdade, ainda falta definir o orçamento.

O que sabemos do processo Évora 27 que alimentou dúvidas e acendeu polémicas? Que a antiga coordenadora da Equipa de Missão da Capital Europeia da Cultura, Paula Mota Garcia, se demitiu, criticando o atraso na constituição da associação gestora da iniciativa e a exclusão de membros ligados à candidatura.

Através de um comunicado, Paula Mota Garcia lamentou os atrasos na constituição da associação gestora da Capital Europeia da Cultura, referindo que a entidade de governança foi criada “apenas em fevereiro de 2024” e, atualmente, “a sua direção continua incompleta”. Acrescentou que a associação permanece “impossibilitada de, entre outras coisas, receber as verbas protocoladas entre o município de Évora e o Governo de Portugal em junho de 2023, com prejuízos claros na execução das atividades previstas” no dossiê da candidatura.

Perante estes dados, o presidente da Câmara de Évora prefere lançar um olhar otimista rumo ao futuro próximo. Sim, admite o atrasos, mas pega no histórico que tem sublinhado outras capitais europeias, para relembrar como “tiveram sempre problemas. Tivemos sempre um plano B em relação a tudo”, referiu, sustentando que agora há que recuperar o tempo. Contudo, “é fundamental que haja o financiamento devido para construirmos a grande capital europeia da cultura”, enfatizou o autarca.

Já minutos antes o primeiro-ministro assumira que Évora não iria ficar sozinha neste processo, podendo contar com a ajuda do Governo, “dentro das possibilidades”, embora, até a data, falte estabelecer o orçamento. “Há um compromisso do Governo, quer do anterior, quer do atual, com a Capital Europeia da Cultura”, relembrou Pinto de Sá, estando certo de o que o orçamento “vai aparecer”, pedindo a colaboração de todos para levar o projeto a “bom porto”.

E quanto às queixas sobre a alegada “politização” em torno da associação que vai gerir Évora 27? “Politização tem que haver sempre, porque isto é um processo político. Partidarização espero, sinceramente, que não, depois da diversidade que tem sido construída até aqui”.

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