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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Évora precisa de acompanhar o dinamismo económico e empresarial que está a surgir na cidade”, diz José Manuel Santos (c/som)

Tal como a Rádio Campanário já havia noticiado, o presidente da Letónia esteve ontem de manhã em Évora, para a assinatura de um memorando entre Portugal e a Letónia. Uma das figuras presentes nesta visita foi José Manuel Santos, candidato à presidência da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo.

A Rádio Campanário esteve presente e falou com José Manuel Santos, à margem da assinatura do documento, sobre as sinergias da cidade de Évora e sobre o seu potencial turístico.
José Manuel Santos começou por falar na boa utilização dos fundos estruturais, em que “cada cêntimo público e europeu tem que ser muito bem utilizado, tem que ter um retorno, tem que ter um resultado, tem que ser utilizado para combater as assimetrias que o território ainda tem, também há assimetrias do ponto de vista turístico, porque o território turístico não é todo igual. Aliás, uma das ideias que nós temos é propor um grande pacto para a competitividade e coesão do turismo no Alentejo, temos que acelerar algumas dinâmicas nas zonas menos desenvolvidas, temos que perceber nas áreas mais desenvolvidas, como por exemplo Évora, que ajustamentos é que terão que ser feitos no nosso planeamento turístico e, os fundos europeus são um instrumento de excelência fundamental para esse trabalho”.

Questionado sobre as áreas referidas a ajustamentos e como estas assimetrias podem ser solucionadas, o candidato à ERT Alentejo e Ribatejo refere que “temos regiões mais desenvolvidas, como é o caso de Évora e o caso do litoral alentejano, que tem uma taxa de sazonalidade altíssima, temos que definir medidas diferenciadas para diminuir essa sazonalidade do litoral alentejano, é preciso ter um olhar distinto e próprio para aquela zona, olhando para Évora, que é um cluster do turismo, em que as empresas turísticas ganham muita força, têm um músculo empresarial muito relevante, vai abrir um novo hotel na cidade e é preciso ajudar a promover o turismo na cidade, em cooperação com a câmara e trabalhar com as empresas a melhoria das condições de sustentabilidade económica e ambiental das empresas turísticas da cidade. Évora precisa de um olhar reforçado sobre aquilo que é o turismo e a Capital Europeia da Cultura será uma ótima oportunidade para definirmos aqui um plano de trabalho com as empresas hoteleiras e não só, há a restauração, a animação, o próprio comércio, porque de facto Évora precisa de acompanhar o dinamismo económico e empresarial que está a surgir na cidade e que é muito reconfortante perceber”.

Falando ainda no desenvolvimento que está a acontecer em Évora, José Manuel Santos foi questionado se considera que Évora pode ser considerada a grande metrópole do Alentejo e deixar “despido” todo o território envolvente, o mesmo respondeu que “há que evitar isso, Évora é um polo turístico e económico importante no Alentejo, tem que ser tratado dessa perspetiva, tem as suas dinâmicas turísticas e por isso é que eu refiro que nós temos que ter uma ideia de coesão turística no território. Basta ver que Évora é a única sub-região do Alentejo que ainda não recuperou totalmente os níveis turísticos da pré-pandemia, isto porque depende mais dos mercados internacionais, dos mercados de longa distância e, tal como para o litoral temos que ter um olhar específico e diferenciado, teremos que o ter também para Évora mas, há uma perspetiva de desenvolver e de acelerar dinâmicas turísticas em áreas menos desenvolvidas. O Baixo Alentejo por exemplo tem 12% das dormidas do total das NUTS II Alentejo, mas está a crescer a oferta do espaço turístico nesta região, vão abrir dois novos hotéis, o que significa que vamos ter que e trabalhar mais a oferta naquele território, temos que trabalhar mais a promoção, a mesma coisa para o Alto Alentejo e para a Lezíria do Tejo, portanto, Évora tem o seu papel, é um polo importante de competitividade turística e, por isso tem, problemas e desafios que outras regiões que ainda não têm mas, o turismo do Alentejo tem que ser um processo regional e o turismo tem que ser um instrumento de coesão social e territorial e isso para mim é muito importante”.

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