O Cromeleque dos Almendres, no concelho de Évora, recebe diariamente centenas de visitantes, muitos dos quais se aventuram a subir para os monólitos de pedra, a fazer fogueiras nas proximidades e até a gravar vídeos musicais.
A situação foi apontada à comunicação social pelo arqueológo António Carlos Silva (reformado da DRCAlen), que demonstrou preocupações com a segurança das pessoas que o frequentam, assim como com o impacto que a constante presença humana pode ter na estrutura do cromeleque.
O arqueólogo declara que este recinto megalítico que se encontra instalado numa propriedade privada, reúne fatores favoráveis a um desastre, passando pela capacidade de atração do monumento, o facto de estar acessível a qualquer hora e pessoa, e de não conter qualquer tipo de vigilância.
Visando preservar o monumento e evitar situações de perigo, nomeadamente de incêndios, considerando que o acesso é feito por uma estrada de terra batida, defende a adoção de medidas que permitam filtrar o número de acessos a este local.
A título de exemplo, destaca como perigosa a recente utilização do espaço para a realização de um espetáculo, no âmbito do festival cultual “Évora África”, promovido pela Casa Cadaval, para o qual, para além de não terem sido tomadas quaisquer medidas de segurança e de prevenção, não terá sido pedido parecer prévio da Direção Regional de Cultura do Alentejo, ou mesmo autorização dos proprietários dos terrenos em que o monumento se insere.
