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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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Exclusivo: A agricultura consome “74% da água disponível, são necessários sistemas que permitam um uso mais regrado e eficiente do recurso”, diz Ministra da Agricultura (c/som)

As questões ambientais continuam na ordem do dia, nomeadamente a reflorestação de áreas afetadas por incêndios, bem como a redução da pegada ecológica e da descarbonização.

Neste sentido a Rádio Campanário falou com a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, abordando as temáticas acima referidas.

Relativamente às plantações de árvores autóctones, nomeadamente sobreiros e azinheiras, Maria do Céu Albuquerque explica que “existem apoios específico” para essas plantações, acrescentando que “o Governo anunciou que vai criar incentivos para a plantação de espécies autóctones de crescimento lento, em detrimento de outras de crescimento mais rápido”.

A Ministra considera que “não devemos olhar para a floresta por si só, é todo um ecossistema que se liga e que cria condições para o desenvolvimento económico e social das regiões”.

“Vamos apoiar a plantação de espécies autóctones de crescimento lento, em detrimento de outras de crescimento mais rápido”
Maria do Céu Albuquerque 

 

Quando questionada sobre a sustentabilidade do setor agrícola com uma eventual redução da pegada ecológica do setor, a Ministra afirma que “acredito num modelo de equilíbrio para o setor”, explicando depois que “por um lado temos de garantir a competitividade do setor, por outro lado temos de garantir a sustentabilidade ambiental”.

Maria do Céu Albuquerque considera que é “necessário introduzir sistemas inovadores e tecnológicos”, por forma a “podermos gerir melhor o uso dos recursos naturais, aumentando o valor para a agricultura”.

A responsável pela tutela da agricultura refere que “o setor é responsável pelo consumo de 74% da água, no entanto, com sistemas de gota a gota (já implementados) temos de usar a água de forma mais eficiente e mais regrada”.

Outro dos pontos apontados pela Ministra como fundamental, passa pela substituição de “fertilizantes sintéticos por orgânicos”, de maneira a que “as práticas agrícolas tenham saldo positivo”.

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