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Segunda-feira, Novembro 25, 2024

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Exclusivo: Ex-Primeiro-Ministro falou à Rádio Campanário sobre as potencialidades dos produtos alentejanos, “haverá muitas oportunidades que serão seguramente agarradas” (c/som)

À margem da Mostra e Degustação de Produtos Regionais de Estremoz na Assembleia da República, o ex-Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, falou sobre o potencial de crescimento e desenvolvimento do Alentejo nos próximos anos.

Em declarações à Rádio Campanário o presidente do Partido Social Democrata pronunciou-se sobre a mostra gastronómica que decorreu no restaurante dos deputados defendendo que “o Parlamento também tem que ter um contacto próprio com a realidade regional e no caso presente de Estremoz há muitos produtos regionais que têm estado na origem de uma recuperação económica importante nessa região e que merecem ser dados a conhecer com mais clareza”.

Questionado sobre se estas iniciativas devem ser mantidas nesta abrangência ou se deveriam ter uma dimensão mais alargada, o ex-Primeiro-Ministro adianta-nos que “não quero estar a dar sugestões, em qualquer caso, é importante que todas as regiões tenham a possibilidade de se dar a conhecer cá dentro e lá fora, tenho a certeza que isso tem sido feito um pouco por todo o país”.

Sublinha que “não há dúvida que o Alentejo tem vindo a conhecer tantas transformações que abrem o potencial de crescimento e inovação tão grande, haverá muitas oportunidades que serão seguramente agarradas quer pelas regiões de turismo, quer pelas instituições locais, pelos municípios, pelas associações de produtores bem como por muitas pessoas que tenho a certeza que trabalharão em conjunto para promover o mais possível a região e os seus produtos”.

Para Pedro Passos Coelho “o Parlamento é um caso muito particular, é um centro de divulgação importante porque temos a comunicação social que ajuda a amplificar para todo o país o que aqui se passa, mas com certeza que a Assembleia da República não esgota o potencial de divulgação que possa ser feito, há muitas outras oportunidades que estarão a ser aproveitadas pelas instituições da região na área da divulgação e promoção não apenas dos produtos da região mas o seu próprio potencial de crescimento e desenvolvimento”.

Instado a comentar os novos desafios do Turismo do Alentejo a nível da projeção nacional e internacional, o líder do maior partido da oposição expressou que “muitas vezes há uma certa tentação de olhar para os produtos como o último passo de uma cadeia produtiva relevante mas na verdade cada indústria, cada produto que é produzido pode ser multiplicado por outras áreas de intervenção de interesse económico, refiro-me a aspetos ligados á inovação que têm vindo a ser introduzidos na produção vinícola que têm um potencial turistíco imenso”. Exemplificando que “o enoturismo é uma das atividades mais importantes para ser desenvolvida, portanto, se nós conseguirmos juntar à fileira propriamente dita dos vinhos tudo aquilo que pode suscitar interesse nos turistas, estaremos a multiplicar o impacto económico que um determinado produto ou uma determinada produção pode ter numa região”.

Salienta ainda que “não devemos olhar para o turismo como muitas vezes se olhou no passado em Portugal, associando-o apenas ao verão visto que há muitos elementos da nossa cultura que são susceptíveis de atrair turistas, de fixar novas atividades económicas e tenho a certeza que no Alentejo essa transformação também ser irá fazer de forma mais acentuada nos próximos anos”.

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