O ex-presidente da Câmara de Alandroal João Nabais foi hoje condenado a cinco anos de prisão, com pena suspensa, pela prática de 17 crimes de peculato e absolvido de outros 190 crimes de que era acusado.
João Nabais, que estava acusado pelo Ministério Publico de 207 crimes de peculato e peculato de uso, sendo que o Tribunal de Redondo não deu por provada a maioria dos crimes, nem a motivação sexual que o Ministério Publico atribuía, tendo apenas sido dado como provados 17 crimes de peculato.
O autarca também era alvo de um pedido de indemnização de mais de 700 mil euros, mas foi condenado a entregar à Câmara Municipal do Alandroal apenas 51 mil euros.
O ex-autarca do município de Alandroal refere, em primeira mão à Rádio Campanário, que “o cidadão João Nabais andou a ser julgado na praça pública, precisamente por 207 crimes que ficou provado em tribunal que não foram cometidos” , esclarecendo que “sempre disse e estive de consciência tranquila porque não pratiquei qualquer tipo de ilícito, obviamente que esta sentença considero-a como uma primeira vitória”.
“Penso que o tribunal repôs a verdade e a minha imagem que injustamente andou a ser julgada e denegrida na praça publica como todos os prejuízos consequentes a todos os níveis da minha vida pessoal e familiar”, clarificando que “o grande crime que o João Nabais foi na área do turismo com fins menos próprios. Eu era acusado de ter usado o dinheiro do município do Alandroal de dos seus munícipes de fazer turismo sexual. Ficou claríssimo no acórdão que os juízos deram como provado que nunca utilizei esses fins menos lícitos durante o meu mandato”, antigo governante de Alandroal.
João Nabais explica que o “próprio tribunal reconhece que não tem certeza da acusação e se é crime efectivamente daquilo que me acusam, porque é o próprio tribunal que reconhece que estamos aqui num limite, numa fronteira entre o que é político e o que é jurídico”.
O ex-presidente da Câmara Municipal de Alandroal, João Nabais, foi esta sexta-feira (24 de Abril) condenado a cinco anos de prisão com pena suspensa, pela prática de 17 crimes de peculato.
À Rádio Campanário o ex-autarca diz que “eu e os meus advogados já lemos o acórdão e consideramos que esta sentença desta condenação destes 17 crimes não está bem fundamentada e que vamos recorrer juntamente das instâncias competentes. Depois de provada e reposta a minha imagem e a minha honra de grande parte dos crimes que me foram imputados, ainda prevalecem 17 crimes que estão mal que estão mal fundamentados”.
O antigo autarca eleito pelo PS liderou a Câmara de Alandroal entre 2002 e 2009, sendo atualmente vereador (movimento independente) do mesmo município.