O Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, considera que, no Alentejo, a população está melhor servida, comparativamente às restantes regiões do país. Manuel Delgado esteve de visita às Unidades Locais de Saúde do Norte Alentejano, Baixo Alentejo e Litoral Alentejano, onde inaugurou as novas instalações do Hospital de Dia, assistiu à apresentação do projeto de Intervenção no Hospital de Santa Luzia de Elvas – Clínica de Alta Resolução, reuniu com o Conselho Diretivo da ARS Alentejo e assistiu à tomada de posse de elementos do Conselho de Administração da ULSLA, tendo falado em exclusivo à Rádio Campanário.
O governante declarou que “nos cuidados de saúde primários, estamos relativamente bem, há população ainda sem médico de família atribuído mas é a nível nacional uma região que está bem posicionada nessa matéria, na região do Alto Alentejo, só 8% dos cidadãos não têm médico de família atribuído e se formos para Lisboa temos 30% ou 40% da população sem médico de família e se formos para o Algarve temos 50%, vejam a vantagem relativa que aqui têm”.
Quanto ao funcionamento dos hospitais, o Secretário de Estado diz que “o tempo de espera em algumas especialidades não é bom, temos que melhorar essa componente das especialidades médicas e cirúrgicas em termos de tempo de espera e tempos de acesso e no essencial as coisas farão o seu caminho e não estamos nada mal aqui no Alentejo”.
Questionado relativamente à possibilidade dos utentes poderem escolher o hospital público onde vão ser observados em consultas de especialidade e, eventualmente, ser submetidos a cirurgias e tratamentos, refere que embora algumas unidades possam vir a perder utentes, “esse é o aspeto mais positivo, este processo deve ser visto de uma forma dinâmica. Se um hospital ou um serviço de saúde perde utentes na primeira fase, ele vai perceber que os perde e vai provavelmente perceber a razão, porque os perde, e vai no passo seguinte fazer um esforço de melhoria de resposta para os retomar, nós estamos convencidos que este é o melhor modelo (…) porque é criar às pessoas a possibilidade de se dirigirem aos serviços que tenham resposta mais rápida, que estejam mais perto de sua casa, que estejam mais próximo dos seus familiares, e este tipo de opções e de capacidade é bom. Depois vem a retoma porque as pessoas quando se movimentam de uns locais para outros, os serviços que perdem utentes, vão perceber que têm um esforço a fazer para retomar a sua população, e acho que é isso que vai acontecer a médio longo prazo”.
Instado sobre as 35 horas na função pública e a reposição de serviços em termos de recursos médicos e técnicos, salienta que “a questão das 35 horas é uma questão que não está fechada, está em discussão, o senhor Primeiro-ministro já disse o que tinha a dizer, a matéria será abordada centralmente pelo Governo”.