Segundo estudo da UNAC (União da Floresta Mediterrânica), em 2016, as exportações de cortiça portuguesas registaram um valor de 937 milhões de euros. O valor traduz-se num aumento de 4% face ao ano anterior, dando continuidade ao crescimento registado ao longo dos últimos anos.
Em 2016, a campanha de extração de cortiça resultou em 6 milhões de arrobas (aproximadamente 9 mil toneladas), valor semelhante ao conseguido na campanha de 2015.
Mantendo a tendência, o custo de extração e o preço de venda aumentaram em 2016, fixando-se agora nos 4,19€/arroba (+4,6%) e 29,53€/arroba (+1,6%), respetivamente.
Recorde-se que Portugal assegura metade da produção mundial de cortiça, e que o Alentejo é o maior produtor do país, sendo responsável por 72% da produção nacional.
No mercado corticeiro português, 70% do volume de exportações é referente às rolhas (afetadas pelo setor vinícola). O mercado francês e o mercado americano têm o maior, destacando-se também o mercado alemão ao nível das exportações de cortiça para materiais de construção e decoração.
A campanha corticeira de 2016, correspondeu às necessidades da indústria, dando resposta à procura de mercado e aos stocks existentes, perspetivando-se a estabilização da produção através das primeiras tiragens de cortiça de plantações iniciadas na década de 90.