No passado dia 30 de agosto, pelas 21h, decorreu, no Parque de Feiras e Exposições de Montemor-o-Novo, a inauguração da Feira da Luz/ExpoMor 2023.
Entre as várias entidades presentes na inauguração do certame, uma delas foi António Ceia da Silva, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo.
À margem do evento, António Ceia da Silva foi questionado se partilha da opinião da ocorrência de assimetrias no desenvolvimento dos concelhos do Alentejo.
Em declarações à nossa redação, o presidente da CCDR Alentejo referiu que “não. Vivemos numa região que tem uma dimensão que é a maior de Portugal, mais de 30% do país e, obviamente numa região que tem estas diferenças como Barrancos e Évora, Grândola e Sines, é natural que haja diferenças entre os diversos concelhos, mas isso não significa que haja assimetrias naturais. As assimetrias resultam dos produtos e componentes que cada concelho tem. Penso que todos os concelhos, à sua medida, à sua maneira, de acordo com aquilo que são as suas potencialidades, acabam por se desenvolver, disso não tenho dúvidas”.
Questionado sobre os projetos, Ceia da Silva referiu que “isso verifica-se quando estamos a discutir os planos de ação com as CIMs, que estão praticamente concluídos, e que serão fechados no próximo dia 12 de setembro e, nota-se, de facto, que há já equilíbrio entre os diversos municípios. Obviamente que, há municípios que têm uma capacidade financeira diferente de outros, mas isso é mesmo assim, é a realidade e, nem sempre são aqueles que são os maiores que têm maior capacidade de financiamento, como por exemplo, Arronches é um concelho com uma saúde financeira extraordinária e não é dos maiores concelhos do Alentejo”.
“Quando nós temos, em 54 agendas mobilizadoras, 32, quando temos mil milhões de euros de investimento que tem de ser concretizado até março de 2026, estamos a falar do maior investimento privado de sempre no Alentejo” acrescentou ainda o Presidente da CCDR Alentejo que sublinhou também “se associarmos isso e àquilo que têm sido as novas dinâmicas dos novos produtos da dinâmica agrícola, do cluster aeronáutico, e das dinâmicas do território, acho que estamos a falar de uma região com fortes potencialidades para o futuro, e que, vai ser muito procurada para que as pessoas aqui possam viver. É claro que temos que resolver problemas como a habitação, escolas, saúde, há muito ainda por fazer, mas cada vez mais sentimos que há mais pessoas com vontade de regressar e vir viver para o Alentejo”.