Os trabalhadores das minas de Aljustrel iniciam esta quarta-feira, 22 de Novembro, uma greve até domingo, 26 de Novembro, por forma a reivindicarem melhores salários, horários e condições de segurança no trabalho, disse à RC fonte sindical.
A greve nas minas de Aljustrel, no distrito de Beja abrange trabalhadores de três empresas concessionárias das minas, a Almina – Minas do Alentejo, e das outras duas empresas que prestam serviços no complexo mineiro, a EPDM – Empresa de Perfuração e Desenvolvimento Mineiro e Urmáquinas.
À RC, Luís Cavaco, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), diz que os trabalhadores “demonstraram que as condições, os salários e uma quantidade de coisas são legítimas para que entrassem em greve”.
Para além das condições de trabalho, o coordenador refere que os trabalhadores “querem que a Administração se sente à mesa com o Sindicato”, algo que não acontece, porque a empresa alega que o sindicato “não tem legitimidade de representar os trabalhadores”, acrescentou.
Segundo o sindicalista, é intencionado “sentar à mesa para que os problemas fossem discutidos e entrasse em negociação”, algo feito “por duas ou três vezes no gabinete de resolução de conflitos” através do Ministério do Trabalho em que “as empresas não adiantaram nada” e os trabalhadores “continuam a não ver os seus problemas resolvidos”.
Foi transmitido ao sindicato, tal como refere Luís Cavaco, que “se desmarcarem a greve, poderá haver a possibilidade de se sentarem à mesa” para uma negociação direta, algo que, através do plenário realizado a 17 de Novembro, “os trabalhadores concluíram que dali (através do gabinete de resolução de conflitos do Ministério do Trabalho) não sai nada”, e decidiram avançar para a greve.
Na tentativa de obter mais algum esclarecimento, não foi possível entrar em contacto com a administração da Almina.