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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

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“Faltam centenas de professores no Alentejo e a maior preocupação é o Distrito de Beja” diz Manuel Nobre, Presidente do SPZS(c/som)

 A falta de professores é um problema que está a afetar a maior parte das escolas em todo o País.

A comunidade escolar terminou hoje o primeiro semestre, mas é comum encontrar escolas onde ainda não estão preenchidos todos os horários.

A Rádio Campanário falou com Manuel Nobre, Presidente da Sindicato dos Professores da Zona Sul sobre esta problemática assim como a situação atual, relativamente à falta de docentes, nos distritos de Beja, Évora e Portalegre.

Manuel Nobre começou por nos indicar que “os principais problemas na área da educação são muitos apontando em primeiro lugar o desinvestimento na área, aumento de horários de trabalho, o bloqueio de carreiras o que resulta na pouca atratividade da profissão e se reflete depois na falta de professores.”

No que diz respeito à situação atual no Alentejo, nomeadamente nos Distritos de Beja, Évora e Portalegre, o Presidente do Sindicato adiantou à Rádio Campanário “estamos no final do segundo período e a situação é extremamente grave” acrescentando “nesta altura estamos com centenas de professores em falta em todo o Alentejo.”

Manuel Nobre salienta ainda que, essencialmente na zona de Beja, há “um grande número de professores sem profissionalização, mas os dados são preocupantes em todo o Alentejo.”

No Distrito de Portalegre, distrito onde este problema tem menor dimensão, existem “132 horários entre anuais e temporários superiores a 8 horas e 171 horários inferiores a 8 horas por preencher.”

Já no Distrito de Évora existem por preencher “153 horários acima das 8 horas e 170 horários abaixo desta carga horária.”

Quanto ao Distrito de Beja, o distrito que maior preocupação levanta, existem por preencher “105 horários superiores a 8 horas e 303 horários abaixo das 8 horas.”

Destes três distritos do Alentejo, Beja é o distrito onde a falta de professores é maior, seguido de Évora e Portalegre.

No entender do sindicato, conforme sublinhou Manuel Nobre,  devem ser “criadas condições atrativas para a profissão no sentido de atrair os milhares de professores que saíram do sistema em busca de outras soluções de carreira mais atrativas, começando a trabalhar a médio prazo no sentido de fazer com que jovens escolham esta profissão.”

 

 

 

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