A central elétrica de Sines funcionou pela última vez no dia 15 de janeiro, iniciando-se depois a desativação dos equipamentos, um processo que levará cerca de cinco anos, continuando em aberto o futuro daquela infraestrutura.
Em atividade desde 1985, a central a carvão da EDP, contava cerca de uma centena de trabalhadores diretos, aos quais poderá ser proposto, pela EDP “um conjunto de diferentes opções”, desde, por exemplo, “a passagem a reforma ou pré-reforma ou o acesso a oportunidades de mobilidade dentro do grupo EDP”.
O Sindicato das Indústrias, Energias, Serviços e Águas de Portugal (SIEAP) adianta que foram apresentadas à EDP um conjunto de reivindicações feitas pelos trabalhadores, no entanto, segundo o sindicato “existe pouca vontade ou nenhuma, por parte da EDP, para as concretizar.”
No caso dos trabalhadores indiretos, pertencentes a empresas externas que prestavam serviços à EDP em Sines, e que eram responsáveis pelo tratamento dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos assim como a alimentação do combustível, também não são conhecidas as alternativas para estes trabalhadores.
Recorde-se que o fecho desta central estava previsto para 2023 tendo depois sido antecipado para se concretizar já em 2021.
O anunciado fecho da central termoelétrica de Sines, devido à transição energética, deixa assim cerca de 500 trabalhadores diretos e indiretos “numa situação delicada” para enfrentarem um futuro que dizem ser incerto.