Hoje, os habitantes de Vila Viçosa enchem as ruas com um sentimento de gratidão e respeito, celebrando o feriado municipal em homenagem a uma figura notável da história local, o médico Dr. João Augusto do Couto Jardim. Nascido em Vila Viçosa a 16 de agosto de 1879, este homem dedicou a sua vida ao serviço da medicina e ao bem-estar da sua comunidade.
Dr. João Augusto do Couto Jardim era filho de João Gomes Jardim e, após concluir o curso de Medicina na Universidade de Coimbra em julho de 1903, regressou à sua terra natal para exercer a profissão de médico. O seu compromisso com a saúde e o bem-estar dos seus pacientes era inabalável, e continuamente procurava aprimorar os seus conhecimentos e habilidades através da participação em congressos científicos e cursos, incluindo o curso de Radiologia na Universidade de Paris.
Para além de ser um profissional de exímia competência, o Dr. João Augusto do Couto Jardim destacou-se pela sua compaixão e dedicação inigualáveis. Era reconhecido por visitar os seus pacientes nas suas casas, sem qualquer cobrança, especialmente quando se deparava com situações de miséria. O seu compromisso com a caridade era notável, muitas vezes doando generosamente os fundos que possuía para aliviar as dificuldades dos mais necessitados.
O reconhecimento da sua contribuição excepcional para a comunidade não tardou a chegar. Em 1953, uma grandiosa festa de homenagem foi realizada em Vila Viçosa, comemorando os 50 anos de dedicação do Dr. João Augusto do Couto Jardim à medicina e ao bem-estar dos calipolenses. O respeito e carinho que ele inspirava culminaram na atribuição do seu nome a uma rua e a uma associação juvenil e cultural na vila. Uma estátua imponente foi erguida em sua honra, simbolizando a sua influência duradoura e inspiradora.
No dia 14 de novembro de 1962, aos 82 anos de idade, o Dr. João Augusto do Couto Jardim faleceu, deixando para trás um legado de serviço repleto de compaixão e dedicação. Em conformidade com o seu desejo, o seu funeral ocorreu de maneira simples e modesta. Como um último ato de generosidade, ele deixou a sua casa na antiga Rua de Cambaia para a Santa Casa da Misericórdia, destinada à criação de um jardim de infância que continuaria a beneficiar a comunidade.
Hoje, no dia 16 de agosto, é um feriado municipal que é mais do que uma mera pausa nas atividades diárias, é uma celebração da vida de um homem cujo coração compassivo e dedicação incansável continuam a inspirar gerações futuras a servir os outros com empatia e compaixão.