O Primeiro-Ministro, António Costa, acompanhado pelo Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, pelo presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, e pelo vice-presidente da IP, Carlos Fernandes, realizou hoje, dia 19 de maio, uma visita às obras de construção do novo troço ferroviário entre Freixo e Alandroal, da Linha de Évora, inserida no Corredor Internacional Sul.
Esta empreitada , que se iniciou em setembro de 2019, tem a sua conclusão prevista para o primeiro trimestre do próximo ano, apesar da previsão para a conclusão de todo o projeto da Ferrovia 2020 estar agendado para 2023. A ligação entre Freixo e Alandroal, integrará a nova Linha ferroviária entre Évora e Elvas constituída pelos troços Évora – Évora Norte, 10 quilómetros de extensão cuja empreitada está adjudicada; Évora Norte – Freixo, com 20,5 quilómetros de extensão cuja empreitada está em execução; Freixo – Alandroal, 20,5 quilómetros de extensão cuja empreitada em execução; Alandroal – Elvas (Ligação à Linha do Leste), com 38,4 de extensão que se encontra empreitada em execução e Elvas – fronteira, 11,3 quilómetros de extensão cujo empreitada de Modernização se encontra concluída.
António Costa, em declarações aos jornalistas adiantou que a obra do troço Freixo-Alandroal, assim como os restantes, entraram agora em velocidade cruzeiro e que, em termos gerais, o projeto da Ferrovia 2020, apesar do atraso sofrido, estará concluído em 2023 adiantando “o comboio chegará à estação de destino à hora e na data prevista, que é final de 2023”.
Segundo referiu António Costa, este troço faz parte “da maior obra ferroviária que foi adjudicada no país nos últimos 100 anos”, sublinhando “o país já se tinha desabituado de fazer grande investimento na ferrovia”.
Por este motivo, justificou, ” quando um comboio arranca numa estação, que leva tempo a arrancar e a atingir velocidade de cruzeiro”.
Segundo o Primeiro-Ministro Português “esta obra é estratégica para a valorização de um dos maiores ativos que o país tem e que é o Porto de Sines “ acrescentando “ com esta obra vamos encurtar em 150km e em três horas e meia a distância entre o Porto de Sines e a Fronteira.”
António Costa sublinhou ainda “a obra da Ferrovia 2020 não vai servir apenas o território nacional mas também a Península Ibérica, e servirá para fixar empresas no território e consequentemente no Alentejo, levando á criação e emprego”.
António Costa adiantou ainda que o governo já está a trabalhar no Plano Internacional de Infraestruturas 2030 definindo as linhas prioritárias. Por último, o Primeiro-Ministro Português deixou um desafio aos autarcas da região para que “criem condições para que o seu território sirva de base para o crescimento da atividade industrial e da atividade produtiva ” sublinhando que o futuro passa pela criação de um cluster de ferrovia.
Com cerca de 100 quilómetros, 80 dos quais de construção nova, a futura ligação ferroviária entre Évora e a fronteira em Caia irá constituir-se como infraestrutura fundamental para a conexão ferroviária dos portos e das zonas industriais e urbanas localizadas no sul de Portugal, quer a Espanha, quer ao resto da Europa.
Esta nova plataforma ferroviária atualmente em execução constitui-se como a maior extensão de caminho-de-ferro construída há mais de um século no nosso país.