Chegaram ao fim as tradicionais Festas dos Capuchos. Mais um ano em que se cumpriram as tradições tão enraizadas na população tendo recebido ao longo dos quatro dias do evento, milhares de visitantes.
Pintura, música, exposições, festa brava e cerimónias religiosas preencheram um programa que se iniciou no dia 12 e terminou esta segunda-feira, 15 de setembro com a atuação da Banda D´Tacón.
No final a Rádio Campanário falou com a vereadora da Câmara Municipal de Vila Viçosa. Ana Cristina Rocha diz que “o balanço não podia ser mais positivo, julgo que as festas na sua totalidade correram muito bem, tivemos uma grande adesão em termos de visitantes e de população do concelho e estamos muito satisfeitos”.
A vereadora diz ainda, “estive presente no largo dos Capuchos diariamente e tive a oportunidade de falar com algumas pessoas e aquelas com quem falei demonstraram que a festa estava bem organizada e estavam satisfeitas, mas quem vai para estas festas comercializar e fazer algum negócio, queixam-se daquilo que todos os portugueses se queixam neste momento, a falta de dinheiro”.
Relativamente ao número de presenças, a vereadora diz que, “o pedido de terrados triplicou”, equacionando diminuir o número de participantes no próximo ano.
“Existe um conjunto de normas aprovadas em reunião de câmara e os procedimentos foram seguidos de acordo com o que está deliberado, o critério seguido foi a data de entrada dos pedidos”, refere a vereadora quanto à disposição dos participantes.
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Fernando Pinto, chefe do Agrupamento de Escuteiros 639 de Vila Viçosa em declarações a esta Estação Emissora diz “somos a associação que há mais anos temos a tasquinha na Festa dos Capuchos, já lá vão cerca de 13 anos, que ininterruptamente marcamos a nossa presença, é com muito gosto e com orgulho que o fazemos porque é uma atividade que nos ajuda a resolver os problemas do agrupamento”, acrescentando, “em termos financeiros tivemos um retrocesso, nos últimos anos temos vindo a ter uma evolução, e este ano, tivemos uma quebra relativamente a 2013 de 30%”.
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Luís Silva, gerente do Fashion Club de Vila Viçosa fez um balanço “bastante positivo independentemente de algumas condicionantes que limitaram em termos de trabalho, a má gestão do nosso espaço pela autarquia que levou uma volta enorme comparando aquilo que tem sido os últimos anos, sentimo-nos um pouco descartados, tivemos o dobro das despesas e o dobro da concorrência, mas acho que de uma forma geral foi bastante positivo”.
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Marlita de Arcos, comerciante refere que “sábado foi um dia forte como costuma ser, os outros dias ficaram aquém, mas nós já somos conhecidos”.
Relativamente à presença do público, Marlita diz que “no sábado chegou às expetativas, nos outros dias é que esteve mais fraco, menos gente no geral”.
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Lídia Rosado em declarações à Rádio Campanário mostrou o seu total desagrado, fazendo um balanço “muito negativo, para nós foi péssimo, vimos cá há vários anos e este ano foi uma catástrofe, não correu bem porque é muita gente a vender e não é possível todos venderem”.
Lídia Rosado diz ainda que “quando acabarmos de fazer a festa e pagarmos as despesas todas não sobra nada para nós, pelo contrário acho que ainda vai faltar”.
Questionada se a atual conjuntura económica terá influenciado, Lídia Rosado diz, “nota-se muito, dantes as pessoas vinham e estavam à vontade e agora estão a pedir com medo da conta no fim”.
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