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Festival de Artes percorre 6 municípios alentejanos cruzando cante e chocalhos com arte contemporânea (c/som)

O Alentejo – Festival Internacional de Artes, que alia o cante alentejano e a arte dos chocalhos, à arte contemporânea, está de regresso para a sua segunda edição, sendo que este ano, para além de Évora, terá lugar em cinco concelhos alentejanos, entre eles Estremoz, Redondo e Reguengos de Monsaraz. A decorrer entre os dias 7 a 29 de julho, é promovido pela CDCE (Centro de Dança Contemporânea de Évora).

Em declarações à RC, Rafael Leitão, diretor executivo da companhia, explica que o evento trabalha de forma tradicional, “na sua génese”, estes dois patrimónios classifcados pela UNESCO, seguindo-se “uma exploração” dos mesmos “através de linguagens contemporâneas”.

O festival explorará o cante através de apresentações corais, e o chocalho, mostrando o fabrico e a sua utilização tradicional. A estes, soma-se o património edificado, sendo colocadas junto a este, “todas estas expressões artísticas”, dando-lhe destaque. “É um património edificado que acolhe um património imaterial”, declara.

Aliando-lhes uma linguagem contemporânea no que concerne às linguagens da música, dança, teatro, circo ou artes de rua, a título de exemplo, será introduzida música eletrónica aos chocalhos, assim como apresentados espetáculos de dança que utilizam a linguagem do cante ou a expressão corporal dos chocalheiros de Vila Verde de Ficalho.

 Decorrerão ainda “uma série de atividades formativas, didáticas, conversas” e “exposição de artes plásticas”.

Tendo a primeira edição sido concentrada na cidade de Évora, esta terá lugar ainda em Estremoz, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Castro Verde e Vila Verde de Ficalho.

Aliando o fator da contemporaneidade à componente tradicional dos dois patrimónios alentejanos, o festival torna-se atrativo a “várias gerações, vários tipos de público”.

São assim contemplados no programa “espetáculos para a infância, para contexto familiar, temos oficinas para a infância, para jovens, para adultos”.

O evento tem um valor orçamentado de cerca de 200 mil euros, sendo “suportado pelo Alentejo 2020, do Portugal 2020” e contando com o apoio dos municípios abrangidos, assim como da Junta de Freguesia de Sé e São Pedro (Évora).

O dirigente aponta ainda que os apoios na divulgação “permitem colocá-lo nas esferas da atração turística”, proporcionando aos visitantes “uma programação artística que lhes permita ver o que de melhor e mais qualitativo esta região tem”.

O festival permite “que estas artes do Alentejo sejam divulgadas a nível regional, nacional e mesmo internacional”, sendo que conta ainda com criadores da Alemanha e Bélgica “que vão usar estas duas expressões na criação de exercícios artísticos”.

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