O primeiro dia do Festival Imaterial ficará marcado por uma homenagem Vicente Lusitano, compositor negro e por muitos considerado o maior compositor português do século XVI, pioneiro na música clássica europeia, e que terá, acredita-se, estudado em Évora. A sua obra, esquecida por muitos, é homenageada na sessão de abertura do evento. Este concerto conta com o apoio do Flanders State of The Art. Um concerto que ficará a cargo dos Huelgas Ensemble, às 18h30, no magnífico espaço da Sé Catedral de Évora.
A verdade é que embora tenham atuado, ao longo dos seus profícuos 50 anos de história, em muitas das principais salas mundiais (BBC Proms, Lincoln Center, Cité de la Musique, Filarmonia de Berlim ou Fundação Calouste Gulbenkian), o Huelgas Ensemble elege como seu “habitat natural” as capelas, igrejas e abadias espalhadas pelos vários territórios, cuja arquitetura revela de forma mais completa as polifonias do seu reportório. Daí que seja especialmente apropriado este privilégio de podermos escutar a música antiga em que o Huelgas Ensemble se especializou, dedicando-se a interpretações historicamente informadas de peças corais do período medieval e do Renascimento, neste magnifico espaço que a cidade de Évora nos oferece.
De 19 a 27 de maio, o Património Imaterial será novamente pensado e homenageado em Évora, nas suas várias formas. Durante estes dias e com acesso gratuito, Évora cujo centro histórico é Património da Humanidade, proporcionará um inigualável encontro de culturas. Um encontro de novas formas de nos pensarmos como coletivo. Concertos, um Ciclo de Cinema Documental, Conferências e Passeios pelo Património fazem parte de uma diversificada oferta cultural.