O último dia da 2ª edição do Imaterial foi repleto de emoções. Petiscar com Cante e com Fado contou com o Grupo de Cantares de Évora e com o regresso de Helder Moutinho que encantaram em momentos únicos, partilhados também com os Barrut. A Cerimónia de Encerramento decorreu no Palácio Dom Manuel e contou com o anúncio da próxima edição em 2023, reiterando o festival imaterial como “(…) uma mostra de culturas de todo o mundo, para fazer da cultura uma festa e fixar um momento para se apreciar o património imaterial(…)”, nas palavras de Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora. Também a Fundação Inatel esteve presente, na pessoa do seu presidente, Francisco Madelino que reiterou a importância desta parceria e a sua renovação para 2023.
De 19 a 27 de maio de 2023, Évora volta a receber o Imaterial.
Mais de 3000 foi o número de espetadores que passaram pelo Festival Imaterial ao longo dos nove dias de concertos, conferências e sessões de cinema, nesta que foi a primeira edição em pleno, após o período pandémico. Um encontro que contou com a participação de mais de 140 artistas e comitivas dos quatro cantos do mundo que fizeram parte deste local de encontros, em Évora. Albânia, Arménia, Brasil, Bretanha, Cabo Verde, Coreia do Sul, Índia, Irão, Occitânia e Portugal foram as regiões representadas nesta edição do Imaterial, além das três regiões espanholas que marcaram presença através dos projetos musicais que integraram o Encontro Ibérico de Música: Tanxugueiras (Galiza), Tarta Relena (Catalunha) e Verde Prato (País Basco).
Ontem, foi ainda entregue o Prémio Imaterial a Lucy Durán. Lucy é professora de música na SOAS University of London, especializada em música do Mali com uma longa experiência prática como apresentadora da BBC Radio, produtora de álbuns (com três nomeações para os prémios Grammy) e realizadora de documentários.
Seguiu-se a atuação dos Farnaz Modarresifar & Haïg Sarikouyoumdjian e a Cerimónia de Encerramento terminou com a atuação do Grupo de Cantares de Évora.
O Festival Imaterial tem como verdade que o património só existe se houver quem o reclame e quem o reinterprete, quem saiba escutar o passado, com ele aprender, mas nele não encontrar uma prisão e uma limitação. Ativar um património é levá-lo connosco e é saber escutar para então acrescentar alguma coisa. Ouvirmo-nos é a melhor forma de percebermos quem somos e onde estamos. Porque este é, realmente, um festival que se pensa como lugar de encontro. É foi isso que, mais uma vez, se fez em conjunto.
O Imaterial é um projeto com organização da Câmara Municipal de Évora/DCP, cidade candidata a Capital Europeia da Cultura em 2027, em parceria com a Fundação Inatel e direção artística de Carlos Seixas.