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Festival Imaterial em Évora uniu culturas, artistas e públicos e contou com 6.000 participantes

Chegou ao fim mais uma edição do festival Imaterial em Évora. A 4ª edição contou com cerca de 6000 pessoas participantes ao longo dos 9 dias de Festival Imaterial, tendo registado mais de 4 concertos esgotados, e uma forte participação nas atividades de programação paralela com crescimento de adesão de sensivelmente 70%, nomeadamente nas conversas e conferências, bem como nos passeios pela paisagem e património. O crescimento consolida o caminho e vocação do Festival para unir culturas, artistas e públicos, em Évora.

O Imaterial nasceu em Évora, à sombra do estatuto de Património Imaterial da Humanidade atribuído pela UNESCO ao Cante Alentejano, mas também de olhos na classificação do centro histórico de Évora como Património Mundial da Humanidade. E, desde logo, o desejo foi o de criar ligações entre estas duas dimensões patrimoniais, colocar a música a dialogar com a paisagem (mais ou menos edificada), deixando que as histórias cantadas hoje possam comunicar com as histórias que atravessam séculos e estão impregnadas nas paredes da cidade e nos lugares que a circundam.

A busca pela ligação com a paisagem, como tinha sido imaginada desde o início, leva a que o Imaterial continue a fazer do magnífico Teatro Garcia de Resende a sua sala de honra, com apoio do CENDREV – Centro Dramático de Évora, enquanto propõe escutar alguns dos seus protagonistas em espaços como o Cromeleque do Vale Maria do Meio ou a Herdade do Freixo do Meio. O  Imaterial integrou ainda uma sessão para escolas com alguns dos músicos de diferentes culturas e geografias que visitam Évora.


O Prémio Imaterial, que distingue personalidades que pela sua ação desempenham esse papel e nos aproximam da tradição musical como matéria viva, foi entregue mais um ano. Entregue por Francisco Madelino, Presidente da Fundação INATEL e por Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora, foi atribuído a Salwa Castelo-Branco, na sessão de encerramento.

A sua investigação no terreno tem-se centrado, em Portugal, no Egipto e em Omã, com um foco particular em política cultural, nacionalismo musical, identidade, música e media, modernidade, patrimonialização, e música e conflito. Publicou vários estudos sobre música tradicional portuguesa e participou ativamente nas candidaturas do Fado e do Cante Alentejano a Património Imaterial da Humanidade. Sem o seu trabalho, saberíamos muito menos sobre nós.

Nas palavras de Salwa Castelo-Branco, “é fundamental pensar nos patrimónios como “nossos”, dos próprios países, mas também como patrimónios mundiais, de todos os países”.

Porque este é, realmente, um festival que se pensa como lugar de encontro: Festival Imaterial – Património Pensado e Vivido. Nada disto seria possível sem a co-organização da CM Évora e da Fundação INATEL que contam com o apoio de entidades parceiras, absolutamente centrais para o sucesso desta edição. Na organização das conferências e conversas, contribuindo para a sua divulgação e dinamização, IN2PAST – Laboratório Associado para a Investigação e Inovação em Património, Artes, Sustentabilidade e Território e Évora 27 – Capital Europeia da Cultura.

O Festival Imaterial está de regresso a Évora de 16 a 24 de maio de 2025 para mais uma grande edição.

Nota de Imprensa/Festival Imaterial

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