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Festival Imaterial – Património pensado e vivido traz a Évora diálogo entre culturas

 

Entre 18 e 26 de junho cruzam-se em Évora músicas e culturas dos mais variados pontos do globo. Mali, Turquia, Itália, Azerbaijão, Hungria, Mongólia e, claro, Portugal, são alguns dos países representados.

Em nota divulgada na página de facebook do Município de Évora, a autarquia refere que o Imaterial é um festival que assenta no diálogo entre culturas distintas, entre passado e presente, entre património edificado e património imaterial. Os concertos realizam-se no Teatro Garcia de Resende e no Jardim Público.

Adivulgação da programação ficou a cargo de Carlos Seixas, também responsável pelo FMM – Festival de Músicas do Mundo, em Sines. Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora e da CIMAC – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, duas das entidades promotoras, em conjunto com a Fundação Inatel, deixou expresso o desejo que “os artistas que vêm a este festival contactem com o nosso território e as nossas gentes para criação de pensamento crítico que permita construir um futuro melhor”, ao mesmo tempo que salienta a importância de “voltar a ocupar o espaço público com todas as precauções”.

A apresentação do Imaterial decorreu na tarde desta quarta-feira, 19 de maio, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com as presenças de Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora e da CIMAC, de Eduardo Luciano, Vereador da Cultura da autarquia eborense, de Francisco Caneira Madelino, Presidente da Fundação Inatel, e Carlos Seixas, programador.

Para lá da música, conforme refere o Município, este evento será palco de outras iniciativas de partilha entre os participantes, fruto do propósito de colocar em diálogo os patrimónios edificado e imaterial. Para “agitar o pensamento em torno destes legados”, a 24 de junho realiza-se uma conferência internacional sobre Património Imaterial da Humanidade que junta especialistas mundiais nesta matéria (jornalistas, programadores e influenciadores).

No dia seguinte, 25 de junho, tem lugar a apresentação do Laboratório de investigação IN2PAST, cuja sede será a Universidade de Évora. O âmbito desta estrutura vai “da paisagem às artes, dos monumentos aos museus e arquivos, passando pelas políticas públicas de memória.” O laboratório é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia com o envolvimento da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade do Minho.

Entre os dias 24 e 26 acontece o Iberian Music Meeting. “Ao longo de três dias, preenchidos por conferências, mesas redondas, oficinas, speedmeetings (encontros rápidos) e showcases (pequenos concertos), as músicas de raiz e expressão ibérica mostrar-se-ão a um amplo conjunto de programadores, agentes, promotores, produtores, editoras, técnicos e jornalistas de todo o mundo, potenciando o alcance internacional da sua expressão e assumindo um compromisso de celebrar as músicas ligadas ao passado garantindo-lhes também a viabilidade de um futuro.”

De forma transversal ao festival, entre 15 e 18 de junho, tem lugar uma residência artística que pretende “criar encontros entre tradições de canto polifónico, partindo, como é evidente, do cante alentejano.” Concluída a residência, os resultados serão visíveis através de um concerto público ao ar livre que une o Grupo de Cantares de Évora ao Cuncordu & Tenore Orosei, proveniente da Sardenha, Itália.

 

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