A Fortaleza de Juromenha, no concelho de Alandroal, património histórico do Estado Português, encontra-se degradado, tendo vindo a ser colocadas consecutivas hipóteses de requalificação e de privatização do imóvel.
Mariana Chilra, presidente da Câmara Municipal de Alandroal, em declarações à Rádio Campanário, afirmou que “tem havido por parte do Estado, esquecimento […] do nosso património histórico”.
O concelho de Alandroal, diz a autarca, tem muito património degradado, especialmente a Fortaleza de Juromenha, que recorda, “é património do Estado português”, cabendo-lhe recuperá-lo.
Apesar disso, a requalificação da fortaleza apresenta-se como uma preocupação do município, que já falou “várias vezes sobre isso com a direção geral da cultura”, tendo chegado a haver interesse de investidores privados em financiar os trabalhos de recuperação, mas “abandonaram essa ideia”.
A Direção Regional de Cultura, e a Direção Regional do Património, segundo a autarca, afirmam não haver “condições financeiras para a recuperação da Fortaleza de Juromenha”.
Tendo havido rumores da possível integração da Fortaleza de Juromenha no programa REVIVE, para a sua recuperação, a autarca afirma ter sido contactada pela Secretaria de Estado do Turismo que desmentiu o facto, levando a autarca a crer, que o património “não será integrado no programa REVIVE”.
Mariana Chilra avança à RC que está a ser feito um estudo com os municípios raianos portugueses e espanhóis, que contêm castelos e fortalezas por recuperar, com o intento de “apresentarmos uma candidatura diretamente a Bruxelas”. Estando ainda numa fase inicial, a autarca diz que serão cerca de três castelos e fortalezas a ser considerados para “revitalização e recuperação” de património.
Garantindo que o diálogo com a Direção Regional é mantido em todas as alturas, estão a ser estudadas “todas as hipóteses”, pois “mais cedo ou mais tarde, Juromenha tem que ter uma solução”, conclui.