A fotografia “Uma Lua de Titânio”, captada no Alqueva a 25 de outubro de 2018, está entre as 38 preferidas à vitória do concurso de melhor fotografia astronómica organizado pelo Royal Museums Greenwich, captada pelo astrofotógrafo Miguel Claro. Se vencer, pode ganhar o equivalente a 11,3 mil euros, contudo, o resultado só é conhecido a 30 de outubro.
Segundo a legenda enviada ao Royal Museums Greenwich, pelo autor, astrofotógrafo oficial da Reserva Dark Sky Alqueva, esta fotografia “revela a verdadeira aparência do satélite natural da Terra” porque “as diferenças na constituição química na superfície lunar e as mudanças no conteúdo mineral podem produzir variações de cores na luz refletida”. “Os tons azuis que podem ser visto em mares como o Mar da Tranquilidade ou o Mar da Fecundação (centro à direita e canto) revelam áreas ricas em titânio”, explica o astrofotógrafo. A presença desse titânio foi produzida pela cristalização de um grande oceano de magma que circundava a Lua quando se formou.
“Uma Lua de Titânio” junta-se assim a uma lista repleta de fotografias de auroras boreais, do céu estrelado pela Via Láctea, de nebulosas coloridas e da superfície solar. Mostra também uma imagem de nuvens noctilucentes no Reino Unido, um fenómeno comum na Sibéria que invadiu os céus de Madrid no fim de semana passado. No meio de tantas fotografias saídas do espaço ainda cabem vulcões, montanhas cobertas por neve e até cavernas.