As três freiras que foram detidas este mês num lar juvenil em Vila Viçosa (Évora), para primeiro interrogatório judicial, encontram-se “fortemente indiciadas” pela prática de seis crimes de maus-tratos.
A informação foi avançada pelo Ministério Público avança a Agência Lusa a quem o MP – Departamento de Investigação de Ação Penal (DIAP) de Évora indicou “que a procuradora da República, na presença de um técnico de apoio social, inquiriu ainda “doze crianças”, com idades compreendidas “entre os 5 e os 18 anos”.
Recorde-se que tal como a Rádio Campanário noticiou, no passado dia 15 de setembro, três Freiras do Lar Juvenil da Santa Casa da Misericórdia de Vila Viçosa foram detidas, suspeitas de maus tratos aos menores desta mesma instituição.
De acordo com a informação avançada à Rádio Campanário por fonte da Santa Casa da Misericórdia de Vila Viçosa, o processo teve origem numa denúncia anónima.
O Departamento de Investigação e Ação Penal ouviu entretanto as 12 crianças assim como as quatro suspeitas, das quais uma delas acabou por não ser indiciada de qualquer crime.
As três freiras foram detidas na passada terça-feira e já foram ouvidas pelo Tribunal de Évora que lhes aplicou as medidas de coação de afastamento da Instituição assim como a proibição de contactarem com os menores.
Também a Arquidiocese de Évora se pronunciou sobre o caso, através de um comunicado.
O DIAP de Évora acrescenta ainda que “todas as arguidas” prestaram novo termo de identidade e residência, pois a morada constante do primeiro era a do lar, onde eventualmente terão sido praticados os factos.
Na resposta à Lusa sobre este caso, o MP informou ainda que a diretora do lar “não foi detida nem é arguida” nos autos.
O jornal Correio da Manhã noticiou no dia 15 que a investigação deste caso decorria desde março, após queixa de um funcionário da instituição.
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