A Comissão Política Concelhia de Portalegre emitiu um comunicado a expressar a sua preocupação com a situação crítica da Fundação Robinson e o estado do seu património.
Este é um assunto de extrema seriedade que afetará todos os Portalegrenses, mais cedo ou mais tarde, devido à inércia daqueles que detêm o poder autárquico desde a criação da Fundação.
Na última sessão da Assembleia Municipal Extraordinária, assistiu-se a um episódio que roça o surrealismo político, marcado por um claro desconhecimento do que significa pluralismo democrático e respeito pelas regras básicas da democracia, bem como pela diversidade de opiniões.
A Comissão Política Concelhia lamenta profundamente que o Sr. Presidente da Assembleia Municipal tenha interpretado o seu cargo de forma restritiva, recusando cumprir uma deliberação clara da Assembleia Municipal tomada por unanimidade. O recurso a propostas vagas e à criação de uma comissão para elaborar um plano, sem a capacidade de construir consensos, levanta sérias preocupações. Torna-se evidente que a intenção é adiar uma solução e criar obstáculos no funcionamento da Assembleia, seja através de propostas não acordadas em conferência de representantes, seja suscitando dúvidas inusitadas sobre os estatutos da Fundação.
É grave ignorar a situação atual, incluindo a falta de conhecimento sobre os órgãos sociais da Fundação, a omissão das contas na consolidação de contas da Câmara, o desconhecimento do valor da dívida e a negligência em relação à deterioração dos pavilhões, privando assim os Portalegrenses do Espaço Robinson. Existe a possibilidade de, um dia, assistirmos à vergonha coletiva da queda de uma das chaminés.
A Comissão Política Concelhia também critica a Presidente da Câmara por não ter, após dois anos, investigado a situação de forma mais ativa e por se refugiar em interpretações sobre a composição dos órgãos sociais.
A população de Portalegre questiona: em dois anos, a Presidente da Câmara ainda não teve tempo para compreender a situação? Ou não está interessada em saber?
A Assembleia Municipal é soberana e deliberou, por uma maioria esmagadora, a nomeação dos órgãos sociais da Fundação Robinson. Exigimos o cumprimento desta deliberação da Assembleia Municipal.
Foto: Fundação Robinson