A Agência para o Desenvolvimento e Coesão divulgou recentemente que a meta de execução do Portugal 2020 fixada para o ano de 2022 para os Fundos da Política de Coesão foi cumprida e ultrapassada em 96 milhões de euros.
O apuramento dos valores no Portugal 2020 para os Fundos da Política de Coesão, reportados a 31 de dezembro de 2022, regista 18,6 mil milhões de euros de apoio executado.
Destes, 3,475 mil milhões de euros foram executados em 2022, cerca de 100 milhões de euros acima da meta prevista tendo a taxa de execução atingido a meta de 87%.
A quase globalidade dos Programas atingiu ou ficou muito próximo da meta definida. Em 2022 os fundos da Política de Coesão do Portugal 2020 apoiaram a economia, os territórios e as pessoas num total de 4 mil milhões de euros.
No que diz respeito ás regiões de Portugal continental, Lisboa e Vale do Tejo e da Madeira cumpriram as metas de execução e abaixo da meta ficaram o Norte (88%), o Centro (92%), Alentejo (80%), Algarve (73%) e Açores (63%).
A Rádio Campanário falou com António Ceia da Silva, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo(CCDRA) a este propósito. O Presidente da CCDRA começou por nos referir “estou satisfeito porque cumprimos aquilo que foi estabelecido em termos de metas no início do ano de 2022” acrescentando “fizemos um trabalho brilhante pois só no último mês foram validados cerca de 40 milhões de euros.”
Para Ceia da Silva “o ano de 2023 vai ser ainda mais difícil, onde tem que haver uma monitorização mês a mês para chegarmos ao fim e que não haja nem um cêntimo perdido nem uma taxa de compromisso muito acima dos 100 por cento.”
A taxa de compromisso do Alentejo fixou-se em 111%, o que para Ceia da Silva é positivo pois tal como refere “é muito abaixo do que estava quando eu iniciei funções que era de 124%” significando que a mesma já foi revista “em 13% só em 2 anos”.
O Presidente da CCDR Alentejo acrescenta ainda, a este propósito, que só este ano de 2022 “essa taxa foi revista em 10%, o que é muito significativo embora exista aqui uma dicotomia pois se há mais execução a taxa de compromisso sobe.”
Este factor vai obrigar, como sublinha “a que algumas operações caiam ou que passem para o 2030 mas esse é um processo minucioso que vai ter que ser feito agora, de mês a mês.”