Vivem momentos de grande pressão as funerárias portuguesas. Nos três distritos do Alentejo, Portalegre, Évora e Beja a mortalidade subiu, neste início do ano, para os 94% e a procura pelos serviços funerários da Servilusa cresceu acima dos 100%, consequência da pandemia COVID 19.
Os funerais já não são como antes, as famílias estão condicionadas ao número de pessoas que podem acompanhar os velórios e muitos familiares estão até confinados pelo que não se podem despedir como pretendiam dos seus entes queridos, pelo que estão já a ser gravados e transmitidos em streaming funerais. Ritos e despedidas diferentes, mas aceites pelas famílias, a acontecer todos os dias.
Pandemia que provocou mudanças no setor, diz o Paulo Moniz Carreira, Diretor Geral da Servilusa que a empresa teve que se reestruturar contratando mais pessoal, adaptando as equipas e equipamentos, como as câmaras frigoríficas e os horários e funcionamento dos crematórios.
O elevado número de mortes levou também a uma maior coordenação com as entidades responsáveis para agilizar os funerais, ao nível dos procedimentos. Direção Geral de Saúde, Hospitais, Conservatórias, Forças de Segurança uniram esforços para que a situação não se complicasse ainda mais.
Há ainda várias situações a resolver no setor, os profissionais das funerárias aguardam autorização das autoridades de saúde para serem colocados nos grupos prioritários de vacinação e estudam a possibilidade de abertura das urnas para as habituais despedidas dos familiares aos seus entes queridos.
Um setor sob grande pressão, em restruturação, com o número de funerais a aumentar diariamente, como conta à Rádio Campanário, o Diretor Geral da Servilusa, Paulo Moniz Carreira.