Os recorrentes furtos de cortiça no Litoral Alentejano estão a deixar os produtores florestais preocupados. O alerta é dado pela ANSUB- Associação de Produtores Florestais do Vale do Sado que em comunicado classifica a situação como “um flagelo” que está a causar graves prejuízos aos produtores especialmente nos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém.
A situação não é nova e a Associação entende serem necessárias medidas para combater este problema alertando ainda para os danos que são causados nos sobreiros, pondo muitas vezes em causa a sua sobrevivência,comprometendo também a conservação do ecossistema.
Os furtos ocorrem normalmente na mesma época em que se dá a extração da cortiça -desde o final de maio até início de agosto- apesar de todas as medidas implementadas no terreno pelos Produtores para contrariar a tendência dos furtos.
A ANSUB , explica ainda em comunicado que “era importante controlar os intermediários que possam usualmente adquirir cortiça furtada, controlando estes pontos críticos, que poderá incentivar o furto”.
Recorde-se que o montado de sobro é uma das principais fontes de rendimento das explorações agroflorestais da região do Vale do Tejo e Alentejo. Este é um dos ecossistemas mais ricos do mundo e Portugal tem a maior área a nível mundial (concentra 34% da área mundial, num total de 736 mil hectares que correspondem a 23% da floresta nacional).